postado em 12/05/2009 17:49
As Bolsas de Valores dos Estados Unidos fecharam com leves quedas nesta terça-feira (12/05), em mais um dia de realização de ganhos e poucos negócios no mercado financeiro do país. Somente o índice Dow Jones avançou, apesar de notícias negativas sobre o setor imobiliário e a balança comercial americanos.
O índice Dow Jones Industrial Average, principal indicador da Nyse (Bolsa de Valores de Nova York, na sigla em inglês), teve alta de 0,60%, indo para 8.469,11 pontos. O índice ampliado S 500 recuou 0,10%, para 908,35 pontos. Na Bolsa tecnológica Nasdaq, o indicador Nasdaq Composite desvalorizou 0,88%, para 1.715,92 pontos.
O dia foi marcado pelo baixo volume de negócios, isso porque grande parte dos investidores continuaram vendendo suas ações em busca de embolsar os lucros gerados pelas altas consecutivas da Bolsa nos últimos dois meses.
Hoje, a NAR informou que o preço médio das casas em março ficou em US$ 169,9 mil --ou 13,8% menor do que no mesmo período do ano passado. Das 152 regiões metropolitanas pesquisadas, em 134 o preço caiu ao longo dos últimos 12 meses.
O dado mostra que o preço das casas segue em queda nos EUA, o que é ruim para o mercado de crédito imobiliário --o epicentro da atual crise global. Quanto mais elas caem, mais o dono se vê estimulado a não pagar a hipoteca, já que a maioria dessas hipotecas foram contraídas antes de se iniciar a crise financeira global e possuem preços de referência muito maiores do que os de hoje.
Já o Departamento do Comércio divulgou que o déficit comercial do país subiu em março deste ano pela primeira vez desde julho de 2008. O recuo na demanda mundial por produtos americanos elevou o déficit a US$ 27,6 bilhões.
As exportações americanas recuaram 2,4% em março, para US$ 123,62 bilhões --o menor nível desde agosto de 2006. As importações, por sua vez, caíram 1%, indo para US$ 151,2 bilhões --o mais baixo patamar desde setembro 2004.
"Os investidores buscaram algum tipo de catalisador e não havia nenhum que pudesse ser seguido hoje", disse Bucky Hellwig, vice-presidente da Morgan Asset Management. "Esses dias de movimentação nos mercados e os resultados dos "testes de estresse´ dos bancos foram importantes catalisadores."
Setores em queda
No setor automotivo, a má notícia foi a queda histórica das ações da montadora General Motors. À beira de pedir concordata, a GM viu suas ações perderem mais de 20% de seu valor no pregão desta terça-feira. Os papéis da empresa chegaram a cair ao preço mínimo de US$ 1,09 --o nível mais baixo desde 1933.
A queda brusca ocorreu um dia depois que um grupo de executivos da montadora revelou ter vendido as ações da companhia. Seis executivos da GM, liderados pelo ex-vice-presidente do conselho e diretor de produtos Bob Lutz, se desfizeram de US$ 315 mil em ações e liquidaram suas participações na montadora.
As ações da Ford seguiram a preocupação dos investidores e recuaram 11,8%. Ações da empresa Apple lideraram as perdas no setor de tecnologia, com quedas de 3,5%.
Entre as petroleiras, a Exxon Mobil viu seus papéis valorizarem 1,7% depois que o barril de petróleo atingiu o patamar de US$ 60 na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês).