Economia

Japão tem queda recorde na conta externa do ano fiscal

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postado em 13/05/2009 11:04
A conta corrente do balanço de pagamentos do Japão, medida ampla do comércio do país com o resto do mundo, registrou um superávit maior do que o esperado em março, uma vez que as exportações continuaram a ceder fortemente, mas os lucros registrados no exterior pelas subsidiárias das matrizes não foram tão profundos quanto o previsto. Em março deste ano, o balanço em conta corrente do Japão registrou um superávit de 1,486 trilhão de ienes (US$ 15,50 bilhões), valor 48,8% abaixo do obtido no mesmo mês do ano passado, segundo dados divulgados hoje pelo Ministério das Finanças japonês. Economistas esperavam queda maior do superávit de 57,7%. O dado de março indica que, para o ano fiscal que terminou naquele mês, o superávit em conta corrente do Japão caiu 50,2% para 12,23 trilhões de ienes (US$ 127,56 bilhões), a maior desaceleração desde que os números começaram a ser recolhidos do modo atual, em 1985. Trata-se também da primeira queda em sete anos do superávit em conta corrente para um ano fiscal, revelando a severidade do efeito da contração econômica global sobre os ganhos do Japão no exterior. Em março, as exportações despencaram 46,5% para 3,93 trilhões de ienes (US$ 41 bilhões), enquanto as importações declinaram 37,7% para 3,80 trilhões de ienes (US$ 39,63 bilhões), resultado em um superávit comercial de 132,9 bilhões de ienes (US$ 1,39 bilhão), 89,3% abaixo do mesmo mês do ano passado. As empresas japonesas tiveram ganho financeiro menor no exterior. O superávit com ganho financeiro exterior caiu 13% em base anual, para 1,704 trilhão de ienes (US$ 17,77 bilhões), uma vez que a redução das taxas de juro no resto do mundo provocou retorno menor sobre os ativos mantidos no exterior pelas empresas domésticas. Entretanto, o ganho com investimento direto que inclui a repatriação de lucros obtidos por subsidiárias no exterior e componente do superávit com ganho financeiro no exterior, subiu 18% para 794,9 bilhões de ienes (US$ 8,29 bilhões).

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