Economia

Venda de medicamento genérico cresce 19% no primeiro trimestre

;

postado em 13/05/2009 15:32
As vendas de medicamentos genéricos atingiram volume recorde de 71,2 milhões de unidades no primeiro trimestre deste ano, alta de 19,4% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados da Pró Genéricos (Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos). Em valores, as vendas das industriais do setor somaram US$ 406 milhões contra US$ 444,2 milhões registradas no primeiro trimestre do ano passado, o que representa queda de 18,5%. A Pró-Genéricos, no entanto, ressaltou que os valores foram impactados pela desvalorização do real frente ao dólar. Na moeda brasileira, as vendas do segmento evoluíram 21,7% na mesma comparação passando de R$ 771,5 milhões para R$ 939 milhões. A participação de mercado dos genéricos em unidades encerrou o trimestre em 17,7%, aumento de 2,1 pontos percentuais sua participação em relação aos 15,6% verificados no mesmo período do ano passado. Em valor, o market share também evoluiu. Os genéricos responderam por 14,2% de participação em valores no mercado farmacêutico brasileiro nos três primeiros meses de 2009 frente a 12,8% no ano passado. O mercado farmacêutico total também apresentou crescimento no primeiro trimestre do ano. O conjunto da indústria registrou vendas de 402,6 milhões de unidades entre janeiro e março de 2009 contra 383 milhões em igual período de 2008, fechando com alta de 5,1%. Pelo critério valor houve retração de 17,4 % no período em decorrência do impacto do câmbio. Segundo a entidade, ao excluir os genéricos da avaliação, o mercado farmacêutico registrou crescimento de 2,5% no volume de unidades comercializadas. Foram 331,3 milhões no primeiro trimestre deste ano contra 323,3 milhões no mesmo período de 2008. Para Odnir Finotti, presidente da Pró-Genéricos, o segmento vem aproveitando a crise econômica para conquistar consumidores que não estavam habituados aos genéricos, mas que em um cenário de contenção de gastos domésticos acabaram consumindo produtos da categoria. "Quando a crise passar, temos convicção de que esses consumidores continuarão a comprar os genéricos",afirmou o executivo. Os genéricos, por lei, são obrigados a custar no mínimo 35% menos do que os medicamentos de referencia. Em média, a redução chega a custar 45% menos. Finotti afirmou ainda que a desvalorização cambial não é prejudicial às empresas do setor, já que a maioria tem capital de origem nacional e mais de 80% da produção do segmento é local. "O mercado farmacêutico é auditado em dólar, e com os genéricos não é diferente. Embora os valores decorrentes das movimentações com as vendas tenham sido menores, reafirmamos que isso é uma mera questão de conversão. Tivemos um crescimento acima do esperado para o momento econômico atual." O executivo afirma que as projeções de crescimento para 2009 serão mantidas. A entidade espera crescimento de 20% em unidades e em valores, considerando o real como a moeda de referencia.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação