postado em 14/05/2009 11:16
As Bolsas da Europa operavam em queda nesta quinta-feira (14/05), em uma semana marcada pelo baixo volume de negócios no continente. Sem notícias importantes para ditar os rumos da economia, os mercados apresentavam quedas puxadas pelo de energia e petróleo.
Às 10h35 (hora de Brasília), a Bolsa de Londres caía 0,02% no índice FTSE 100, indo para 4.330,56 pontos; a Bolsa de Paris recuava 0,32% no índice CAC 40, para 3.142,91 pontos; a Bolsa de Amsterdã registrava leve ganho de 0,15% no índice AEX General, indo para 249,82 pontos; a Bolsa de Frankfurt recuava 0,55% no índice DAX, indo para 4.701,47 pontos; a Bolsa de Milão perdia 0,46% no índice MIBTel, indo para 15.273 pontos; a Bolsa de Zurique tinha valorização de 0,81%, indo para 5.320,06 pontos no índice Swiss Market.
A volatilidade no preço do barril do petróleo, somada às perspectivas de queda na demanda global neste ano, derrubou ações de empresas do setor. Papéis de empresas como Cairn Energy, BP, Royal Dutch Shell e Total apresentavam quedas de 1,2% a 3,4%.
"Temos [resultados das Bolsas] muito variados, tendo em vista que não temos fortes tendências hoje. O mercado está parando para tomar novo fôlego", afirmou Peter Dixon, estrategista do Commerzbank.
Nesta quinta-feira, a Agência Internacional de Energia (AIE) voltou a revisar para baixo a previsão de demanda mundial de petróleo para 2009. A estimativa é que o consumo da commodity sofra a maior queda anual desde 1981 (-3%).
Ligada aos países consumidores dentro da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos, a AIE considera que o consumo de petróleo neste ano ficará em 83,2 milhões de barris por dia (mbd), o que representa uma queda de 2,6 mbd em relação a 2008.
Já a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) reduziu a previsão de demanda de petróleo para 2009 em 1,8%. Segundo o cartel, a demanda deve registrar uma contração no ano de 1,57 milhão de barris por dia (mbd), a 84,03 milhões, contra 85,59 mbd em 2008. A Opep havia anunciado em março uma previsão de queda de 1,37 mbd.
"Persistem riscos consideráveis no mercado petroleiro, que continua desequilibrado pela baixa constante na demanda e pela superprodução crescente", adverte a Opep em seu relatório mensal.
O setor bancário patinava, com quedas durante o pregão no continente. Ações do grupo KBC caíram 26% depois que a empresa registrou perdas de 3,6 bilhões de euros (US$ 4,9 bi) no primeiro trimestre; as do Credit Agricole perdiam 1,2%, devido à previsão de lucros menores no mesmo período.