postado em 14/05/2009 16:35
O preço do barril de petróleo encerrou o dia negociado com valorização nesta quinta-feira (14/05), apesar a perspectiva de uma forte queda na demanda de petróleo para 2009. Em seu relatório mensal, a Agência Internacional de Energia (AIE) revisou para baixo a previsão de consumo neste ano e apontou para a pior queda na demanda desde 1981.
Na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), o barril do petróleo cru tipo WTI para entrega em junho fechou o dia negociado a US$ 58,62, alta de 1,03% frente ao fechamento de ontem. Durante o dia, o barril da commodity chegou a ser negociado a US$ 57,10.
A entidade internacional, ligada à Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômicos (OCDE), considera que o consumo de petróleo neste ano ficará em 83,2 milhões de barris por dia (mbd), o que representa uma queda de 2,6 mbd (-3%) em relação a 2008.
A AIE afirma que estas previsões sobre a demanda de petróleo estão em linha com o previsível desenvolvimento econômico, levando em conta que, este ano, a economia mundial contrairá 1,4% e que "se recuperará de forma considerável em 2010".
"A contínua fraqueza do petróleo aponta para uma recuperação econômica forte após o fim do ano", informou a entidade, que destacou que as consecutivas altas nos preços são reflexo da movimentação nas Bolsas de Valores.
Projeções
A estimativa de queda na demanda vai ao encontro das projeções da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), que reduziu a previsão de demanda de petróleo para 2009 em 1,8%.
"Persistem riscos consideráveis no mercado petroleiro, que continua desequilibrado pela baixa constante na demanda e pela superprodução crescente", adverte a Opep em seu relatório mensal.
Segundo o cartel, a demanda deve registrar uma contração no ano de 1,57 milhão de barris por dia (mbd), a 84,03 milhões, contra 85,59 mbd em 2008. A Opep havia anunciado em março uma previsão de queda de 1,37 mbd.
Com esse contexto de queda da demanda, a Opep analisou que a recente alta nos preços do petróleo --nesta semana passou de US$ 60 no mercado americano-- deverá ser de curta duração e é sustentada apenas pelo enfraquecimento do dólar ante outras moedas fortes.