postado em 14/05/2009 19:19
Preocupado com a mobilização da oposição para instalar a CPI para investigar a Petrobras, o presidente da estatal, Sergio Gabrielli, procurou nesta quinta-feira (14/05) o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP) e líderes da oposição. Gabrielli reforçou o discurso governista contra a CPI argumentando que a direção da Petrobras está disposta a esclarecer cada um dos questionamentos da oposição.
O presidente da Petrobras teme a exploração política da investigação e afirmou que as denúncias não são consistentes.
"CPI é um instrumento legítimo do Congresso Nacional, mas achamos que deve ser feitas sobre fatos concretos e não como palco para acusações diversas. As consequências de uma CPI sem fatos concretos são graves porque podem imobilizar a empresa, porque mobiliza pessoas, mobiliza a empresa para responder a acusações. O problema não é morrer ou não morrer (a CPI), mas não queremos ficar sujeitos a uma situação onde tudo pode. Dá para esclarecer sem nenhum espetáculo midiático", disse.
No encontro com a oposição articulado pelo líder do PT no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), Gabrielli lançou mão de dados da empresa que envolvem a política cultural adotada pela estatal, as denúncias de manobra contábil e as acusações de superfaturamento da refinaria de Pernambuco.
O presidente da estatal defendeu o regime tributário que resultou no crédito de R$ 1,8 bilhões no final de 2008. "Existe uma MP que estabelece um modo de ajustar o imposto em relação à variação cambial. Fizemos o cálculo a posteriori, aplicamos isso em relação a PIS/Cofins e à Cide. Pagamos usando caixa e crédito fazendo exatamente como manda a MP", afirmou.
A reunião parece que trouxe resultados. Líderes do PSDB disseram que estão dispostos a esperar o depoimento de Gabrielli no plenário do Senado para decidir se engavetam ou não o pedido de criação da CPI.