postado em 15/05/2009 19:30
O presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles, reafirmou nesta sexta-feira (15/5) o ;compromisso integral e inequívoco; da instituição e do governo brasileiro com o regime de metas de inflação, que completa este ano dez anos de implantação no país. Ao encerrar o 11º Seminário Anual de Metas para a Inflação, Meirelles disse que o regime de metas no Brasil alcançou os objetivos pretendidos.
Entre os objetivos alcançados, o presidente do BC destacou o aumento da taxa de crescimento média da economia de quase 5%, de 2004 para 2008, contra uma média de 2% nas duas décadas anteriores. Foi gerada no Brasil, nos últimos anos, uma média de 1,5 milhão de empregos /ano, enquanto a classe média cresceu com a incorporação de mais de 30 milhões de pessoas que passaram da linha de pobreza.
Além disso, o Brasil acumulou reservas internacionais e tornou-se um credor líquido internacional. A dívida pública como porcentagem do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma das riquezas produzidas no país, caiu, o mesmo ocorrendo em relação à volatilidade da inflação e da taxa de juros.
;É inquestionável esse sucesso;, afirmou Meirelles. Para quem, o regime de metas é ;o mais flexível; para lidar também com situações de crise, como a que está ocorrendo no mundo atualmente, e cujo resultados já começam a aparecer. O presidente do BC rebateu as críticas formuladas por alguns economistas contra o ;excessivo conservadorismo; do órgão, destacando que em apenas um ano (2006), a inflação ficou abaixo do centro da meta.
Meirelles lembrou que o Brasil entrou na crise externa com demanda doméstica crescendo a 9,3% e o PIB com alta de 6,8%. ;E, em um seminário como esse, fica absolutamente cabal demonstrar que não se pode chamar esse Banco Central de excessivamente conservador;, disse.
Henrique Meirelles não quis abordar a possibilidade de uma possível candidatura nas próximas eleições. Garantiu que, no momento, está totalmente ;comprometido, focado e realmente dedicado, 24 horas por dia, com a tarefa de fazer com que o Brasil saia da crise;. O resto, disse, são detalhes que serão analisados no futuro.