Economia

Lupi prevê criação de 1 milhão de vagas neste ano com PIB 2% maior

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postado em 18/05/2009 12:54
O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, afirmou nesta segunda-feira (18/05) que abril foi o mês em que houve o início de uma recuperação mais forte em relação ao emprego formal. Ele reiterou a confiança de que sejam criados 1 milhão de empregos neste ano (ante 1,452 milhão em 2008), com expansão da economia entre 2% e 2,5%. "Vamos agora ter um acúmulo de resultados positivos. A minha previsão é de mais de 1 milhão de empregos em 2009 e um crescimento da economia entre 2% e 2,5%", afirmou Lupi, que prevê desempenho melhor em maio quanto à criação de vagas do que abril. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados hoje, foram criadas 106.205 vagas com carteira assinada em abril, o terceiro mês seguido de recuperação após as demissões registradas com a crise econômica. Trata-se do melhor resultado desde setembro do ano passado. O número de abril representa a diferença entre 1,350 milhão de contratações e 1,244 milhão de demissões no período. Entre novembro e janeiro, haviam sido fechadas quase 800 mil vagas com carteira assinada. Houve recuperação a partir de fevereiro, quando foram criados 9.179 empregos, enquanto em março foram abertos 34.818 postos. "O Brasil, das 20 maiores economias, é a primeira a registrar um saldo positivo no emprego formal neste ano, com exceção da China, que tem outro sistema." O ministro do Trabalho afirmou que está mais otimista do que o ministro da Fazenda, Guido Mantega, que disse na semana passada prever um resultado entre zero e 2%. "Ele falou de zero a 2%. Eu fico com o lado otimista do Mantega", disse Lupi. Seguro-desemprego Ainda nesta semana, o governo irá anunciar uma nova lista de trabalhadores que serão beneficiados com as duas parcelas extras do seguro-desemprego, com base nos dados do trimestre encerrado em abril. Esse benefício foi criado neste ano para ajudar os trabalhadores demitidos desde o final do ano passado. O pagamento é feito automaticamente, mas a lista é restrita aos setores e Estados que registraram queda no emprego por causa da crise. Em março, o Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador (Codefat) autorizou a liberação do pagamento das parcelas adicionais do seguro-desemprego para os 103 mil trabalhadores demitidos sem justa causa em dezembro do ano passado, em função dos efeitos da crise econômica. "Com esse estudo que fechamos hoje, com certeza ampliaremos para alguns setores, daqueles que foram demitidos em janeiro", disse o ministro. Hoje, o benefício varia de três a cinco meses, dependendo do tempo em que o trabalhador ficou no emprego - o seguro vai de R$ 465 a R$ 870, sendo o valor médio pago de R$ 595,20. Nesse caso, as parcelas podem chegar de cinco a sete meses.

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