postado em 19/05/2009 10:33
As ações brasileiras são negociadas com desvalorização desde os primeiros negócios desta terça-feira (19/05). Ontem, os investidores continuaram apostando na recuperação da economia mundial, contrariando as expectativas de um dia "morno". O mercado se animou com indícios de que instituições financeiras já começaram a devolver parte da ajuda federal recebida para sobreviver aos piores dias da crise mundial. A taxa de câmbio recua para R$ 2,06 e analistas já esperam ações mais agressivas do Banco Central.
O termômetro da Bolsa, o Ibovespa, retrai 0,17% e bate os 51.375 pontos. Ontem, a Bolsa fechou em forte alta de 5,01%. O dólar comercial é negociado por R$ 2,069, o que significa um declínio de 0,38% sobre a cotação de ontem. A taxa de risco-país marca 314 pontos, número 1,56% abaixo da pontuação anterior.
As principais Bolsas asiáticas fecharam em alta, devido ao bom humor dos investidores com notícias de recuperação do setor imobiliário americano. Em Tóquio, o índice Nikkei subiu 2,8% enquanto em Hong Kong, o índice Hang Seng valorizou 3,1%. Na Europa, a Bolsa de Londres ganha 0,17% enquanto Frankfurt tem alta de 1,33%.
Entre as primeiras notícias do dia, a Sadia e a Perdigão confirmaram notícia sobre a fusão entre as duas maiores fabricantes de alimentos do país. Segundo o comunicado ao mercado, o acordo foi aprovado pelos Conselhos de Administração das duas empresas e ainda precisa passar por adesão dos acionistas de ambas.
Nos EUA, o Departamento de Comércio afirmou que a construção de casas e apartamentos teve queda de 12,8% em abril, para uma cifra total de 458 mil unidades, abaixo da cifra total de 530 mil projetada por economistas do setor financeiro. Trata-se do nível mais baixo desde 1959.
O mercado reage à notícia divulgada pelo diário britânico "Financial Times" de que bancos como o Goldman Sachs e o JP Morgan podem começar a devolver os recursos obtidos com o programa federal Tarp (Programa de Socorro a Ativos Depreciados, na sigla em inglês). Ontem, o Lloyds Banking Group já havia anunciado uma captação bilionária de recursos para reembolsar o governo britânico, seu principal acionista.