Economia

Após fusão, missão da Brasil Foods será atacar mercados chinês e americano

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postado em 19/05/2009 16:01
As baterias da recém-criada gigante do setor dos alimentos Brasil Foods --fruto da fusão das concorrentes Sadia e Perdigão-- estarão voltadas, após encerrados todos os trâmites do negócio, para os mercados americano e chinês. As duas empresas, quando atuavam sozinhas, nunca tiveram êxito nesta empreitada. E, por isso, elegem estes países como alvo. Mesmo que, para obter logro, tenham que aceitar o contra-ataque dos produtores dos dois países no mercado local. A musculatura para a competição já foi obtida na fusão. Juntas, Sadia e Perdigão exportaram em 2008 cerca de 42% de suas produções, faturando cerca de R$ 10 bilhões. Porém, os mercados principais de ambas são Oriente Médio e Europa, sem conseguir grandes resultados nos mercados que desde sempre desejaram. "A nossa missão e meta será levar produtos de qualidade em todos os lugares do mundo", disse o presidente da Perdigão, Nildemar Secches. "A carne suína ainda não, mas o frango já está (em vias de ser liberado na China), e faremos um esforço para que essas barreiras protecionistas que existem sejam superadas, porque nós não temos medo de competição. Vamos agora lutar pela liberação do mercado americano. Estamos dispostos inclusive a aceitar reciprocidade. Vamos jogar essa partida dentro e fora de casa", disse o presidente da Sadia, Luiz Fernando Furlan. "Temos uma empresa de porte mundial e em condições de competir com essas empresas." O governo brasileiro quer abrir o mercado chinês para exportação de carnes de frango e de porco. No caso do frango, os chineses aceitaram inicialmente, mas não estão autorizando as licenças de importação. No caso da carne de porco, a China é mais reticente, exigindo que os brasileiros também libere seu mercado. Furlan lembrou, porém, que o mercado árabe, atualmente o principal destino das exportações de Sadia e Perdigão, segue como "prioritário". Os dois executivos ainda comemoraram o fato de terem conseguido fechar a fusão e iniciar a estruturação da Brasil Foods durante a crise, o que lhe dará fôlego para competir no momento que a demanda for retomada. "A melhora do mercado nacional e mundial após essa crise sistêmica vai nos encontrar com energia para pisar no acelerador com rapidez e dar um salto de vendas, e isso implica em geração de empregos e outros benefícios", disse Furlan.

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