postado em 20/05/2009 10:17
As ações brasileiras mostram recuperação desde os primeiros negócios desta quarta-feira (20/05) na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Ontem, a menor aversão ao risco pelos investidores sustentou a recuperação da Bovespa por boa parte do pregão, puxada pelo fluxo contínuo de recursos externos. A agenda econômica fica mais pesada hoje, com destaque para a ata do Fomc (o equivalente americano do Copom), à tarde. No mercado de câmbio, a taxa cede para R$ 2,03, menor nível em sete meses.
O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa, valoriza 1,10% e atinge os 51.912 pontos. Ontem, a Bolsa fechou em queda de 0,23%.
O dólar comercial é negociado por R$ 2,031, em declínio de 0,19% sobre a cotação de ontem. A taxa de risco-país marca 309 pontos, número 0,32% acima da pontuação anterior.
As principais Bolsas asiáticas encerraram os negócios de hoje com valorização modestas das ações, a exemplo de Tóquio, onde o índice Nikkei subiu 0,6%. A exceção foi Hong Kong, com perdas de 0,4%. Na Europa, a Bolsa de Londres cede 0,23% enquanto a Bolsa de Frankfurt avança 0,73%.
Entre as primeiras notícias do dia, a a entidade privada americana MBA (Mortgage Bankers Association) revelou que a demanda por empréstimos hipotecários cresceu 2,3% na semana encerrada no último dia 15. Na Europa, o Instituto Nacional de Estatística informou que a economia espanhola teve retração de 3% no primeiro trimestre deste ano, o pior resultado desde 1970.
Ontem à noite, o governo japonês informou que o Produto Interno Bruto (PIB) nacional sofreu contração de 4% no primeiro trimestre de 2009 e 15,2% nos 12 meses (março de 2008 a março de 2009). Trata-se do pior recuo da economia desde a Segunda Guerra Mundial.
No front doméstico, a segunda estimativa prévia do índice de preços IGP-M apontou deflação de 0,14% em maio, segundo dados da FGV. No ano, o índice acumula queda de 1,2% e, nos últimos 12 meses, o indicador acumulou alta de 3,58%.
O mercado aguarda para as próximas horas a divulgação da ata do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto, na sigla em inglês), a partir das 15h (hora de Brasília). Para analistas, o mais importante deste documento será a revisão das projeções para a economia americana nos próximos anos. Muitos esperam que a autoridade monetária, provavelmente, vai revelar estimativas ainda piores para os EUA.
Antes do Fomc, há ainda outros dois indicadores de destaque: a atualização semanal dos estoques petróleo, nos EUA, e os números do fluxo cambial brasileiro.