postado em 20/05/2009 15:43
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) continua a operar em terreno positivo na jornada desta quarta-feira (20/5). Investidores mantém um relativo otimismo quanto à recuperação da economia global, descontando as notícias negativas de hoje sobre as economias europeia e asiática.
A alta das commodities contribui para a valorização das ações brasileiras. No front externo, o Federal Reserve (banco central dos EUA) afirmou que espera uma melhora na economia americana nos próximos meses. A taxa de câmbio recua para R$ 2,02.
O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, ascende 1,15%, aos 51.938 pontos. O giro financeiro é de R$ 4,35 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York avança 0,18%.
O dólar comercial é negociado por R$ 2,027, em baixa de 0,44% sobre a cotação de ontem. A taxa de risco-país marca 311 pontos, número 0,32% sobre a pontuação anterior.
Entre as principais notícias do dia, o Federal Reserve (banco central dos EUA) reduziu ainda mais suas previsões para o desempenho da economia local em 2009. Segundo os membros do Fed, o PIB americano terá um recuo entre 1,3% e 2% - na previsão anterior, a perda oscilaria entre 0,5% e 1,3%. O rebaixamento das projeções já era esperado por economistas do setor financeiro.
Além disso, o secretário do Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, informou que os bancos americanos devem devolver US$ 25 bilhões até 2010 dos bilhões de dólares em ajuda federal aplicados para sobreviver à crise dos créditos "subprimes". Ainda nos EUA, a entidade privada americana MBA (Mortgage Bankers Association) revelou que a demanda por empréstimos hipotecários cresceu 2,3% na semana encerrada no último dia 15. Na Europa, o Instituto Nacional de Estatística informou que a economia espanhola teve retração de 3% no primeiro trimestre deste ano, o pior resultado desde 1970.
Ontem à noite, o governo japonês informou que o PIB (Produto Interno Bruto) nacional sofreu contração de 4% no primeiro trimestre de 2009 e 15,2% nos 12 meses (março de 2008 a março de 2009). Trata-se do pior recuo da economia desde a Segundo Guerra Mundial. No front doméstico, a segunda estimativa prévia do índice de preços IGP-M apontou deflação de 0,14% em maio, segundo dados da FGV (Fundação Getúlio Vargas). No ano, o índice acumula queda de 1,2% e, nos últimos 12 meses, o indicador acumulou alta de 3,58%.