postado em 20/05/2009 17:57
NOVA YORK - As cotações do petróleo fecharam em uma nova máxima de seis meses na New York Mercantile Exchange (Nymex), sustentadas pela diminuição maior que a esperada nos estoques dos EUA. O contrato para entrega em julho subiu US$ 1,94 (3,23%), para fechar em US$ 62,04 por barril, maior preço desde 10 de novembro. O contrato julho do Brent fechou em US$ 60,59 por barril, alta de US$ 1,67 (2,83%) no mercado eletrônico ICE.
Os estoques de petróleo nos EUA caíram 2,105 milhões de barris na semana encerrada em 15 de maio, para 368,524 milhões de barris, de acordo com Departamento de Energia dos EUA (DOE). Analistas esperavam queda de 700 mil barris. Os estoques de gasolina recuaram 4,337 milhões de barris, para 203,954 milhões de barris, quando a expectativa era declínio de 1,2 milhão de barris. A demanda por petróleo, contudo, continuou fraca e esteve 7,6% menor no período, ante a mesma época do ano passado.
Harry Tchilinguirian, analista sênior do mercado de petróleo do BNP Paribas Commodity Derivatives, considerou "extraordinário" a cotação do petróleo ter voltado à casa dos US$ 60 diante das atuais condições econômicas e dos altos estoques dos EUA. O barril superou essa marca pela primeira vez em 2005, quando a economia mundial e a demanda estavam crescendo e os produtores se esforçavam para atender o ritmo do consumo.
A expectativa de que o consumo possa aumentar novamente quando a recessão mundial terminar tem incentivado a alta nos preços. Preocupações quanto à confiabilidade da oferta também começam a surgir no mercado diante da escalada dos conflitos entre rebeldes e forças de segurança na Nigéria e da belicosidade do Irã, que informou ter tido sucesso em seus testes com o lançamento de um míssil balístico.