Jornal Correio Braziliense

Economia

Mal-estar com juro do BB acelera mudança em ranking

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O mal-estar causado pelo aumento dos juros do Banco do Brasil (BB) após a posse de Aldemir Bendine na presidência da instituição poderá acelerar a modificação dos critérios do ranking de taxas que é divulgado diariamente pelo Banco Central (BC) e vem sendo criticado por bancos públicos e privados. Os detalhes do novo ranking estão sendo acertados pelo BC, Febraban e os principais bancos de varejo. Segundo fonte envolvida nas negociações, os estudos estão na fase de ajustes. Na nova tabela, as instituições deverão ser separadas por grupos conforme o porte, e serão incluídas novas operações, como leasing e cartão de crédito. "O novo ranking deve reduzir, mitigar os problemas gerados pela leitura desses dados", disse a fonte. São duas as principais reclamações dos bancos. A primeira diz respeito à comparação de instituições de diferentes tamanhos. O outro problema é que a divulgação não leva em conta mudanças das características das operações, como volume dos empréstimos, risco do tomador e prazo. Sem essa distinção, dizem os bancos, o ranking compara, na prática, operações de crédito diferentes. Essa tem sido a principal reclamação dos bancos públicos - Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil - que, desde o início da divulgação do ranking, reclamam que a listagem mistura "laranjas com bananas" e que, nessa comparação, o esforço das instituições públicas em reduzir os juros e aumentar a oferta de crédito pode distorcer os dados e prejudicar a posição delas no ranking do BC. Para amenizar essa situação, uma das propostas mais defendidas pelos bancos públicos é se incluir no ranking os juros mínimos e máximos de cada instituição, além do juro médio - como já é feito atualmente. Na visão dessas instituições, essa informação mostraria que os bancos não têm elevado o juro e sim que a taxa final tem subido no ranking do BC porque há mudança no perfil de risco dos tomadores e alongamento dos prazos, por exemplo.