postado em 21/05/2009 10:37
O presidente do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), Arthur Badin, afirmou nesta quinta-feira que espera julgar até o final do ano a fusão da Sadia com a Perdigão, que criou a BRF (Brasil Foods).
Nesta sexta-feira (22), os presidentes das duas empresas vão apresentar aos órgãos de defesa da concorrência os detalhes da fusão, anunciada na última terça-feira.
Badin afirmou que o tempo médio de análise de uma fusão na Cade é de 48 dias, mas que essa deve ser uma operação mais complexa.
"Essa operação, por ser mais complexa, é uma hipótese que está acima da média, mas será analisada o mais rápido possível", afirmou.
Não está descartado, segundo Badin, o uso de instrumentos que garantam a "reversibilidade" da operação, como já aconteceu em outros casos. Por meio desses acordos, as empresas se comprometem a manter estruturas separadas até o fim de avaliação do processo.
"Parece ser essa a intenção manifestada pelas empresas, de manter as operações separadas", afirmou o presidente do Cade.
Fusão
A nova empresa nasce como a décima maior no setor de alimentos das Américas, segunda maior indústria alimentícia do Brasil (atrás apenas do frigorífico JBS Friboi), maior produtora e exportadora mundial de carnes processadas e terceira maior exportadora brasileira (atrás de Petrobras e da mineradora Vale).
Com cerca de 116 mil funcionários, 42 fábricas e mais de R$ 10 bilhões em exportações por ano (cerca de 42% da produção), a gigante surge com um faturamento anual líquido de R$ 22 bilhões. Será, com esses números, uma das três maiores empresas empregadoras e exportadoras do país.