postado em 21/05/2009 17:47
A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) emendou o terceiro pregão consecutivo de perdas na jornada desta quinta-feira (21/05). Investidores ainda repassam papéis muito valorizados, principalmente após a disparada de segunda-feira (alta de 5%). Notícias bastante negativas da economia europeia foram a "senha" para as ordens de venda, que predominaram durante todo o dia. A taxa de câmbio, após três dias de queda, teve um repique e voltou para a casa dos R$ 2,03. O termômetro da Bolsa, o Ibovespa, sofreu queda de 2,26% no fechamento, aos 50.087 pontos. O giro financeiro foi de R$ 4,57 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York fechou em baixa de 1,54%.
O dólar comercial foi vendido por R$ 2,037, em alta de 0,49% sobre a cotação de ontem. A taxa de risco-país marca 312 pontos, número 1,26% acima da pontuação anterior.
Mesmo com a queda de hoje, a Bolsa ainda está positiva --em 2,20%-- na semana. Os analistas da corretora Gradual veem com alguma reserva a "corrida" dos investidores das últimas semanas, avaliando que o mercado acionário "antecipou o quadro de recuperação previsto apenas para o final do ano", atribuindo a valorização o forte forte fluxo de recursos para a Bolsa.
"Colaborou nesse sentido o considerável volume de capital estrangeiro que está "peregrinando´ pelo mundo em busca de melhores retornos do que a pífia remuneração da renda fixa em seus países de origem".
Notícias do dia
Entre as principais notícias do dia, a agência de classificação de risco Standard and Poor´s reduziu a perspectiva da nota da economia britânica de "estável" para "negativa".
O "rating" (nota de risco de crédito) soberano foi mantido em "AAA", a melhor classificação na escala da S. O rebaixamento da perspectiva, no entanto, indica que as probabilidades são maiores de que o país seja rebaixado em uma próxima revisão dessa "nota".
EUA e Brasil
O Departamento de Trabalho dos EUA informou que houve uma redução na demanda pelos benefícios do seguro-desemprego: os novos pedidos somaram 631 mil, contra 643 mil registrados na semana anterior.
Ainda nos EUA, a imprensa local apontou que o Bank of America pretende devolver ao governo americano até o fim do ano os US$ 45 bilhões de ajuda pública que recebeu desde o fim de 2008.
No front doméstico, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a taxa de desemprego não teve alteração entre os meses de março e abril, congelada em 8,9%, após três meses consecutivos de alta.