postado em 22/05/2009 11:49
As Bolsas de Valores americanas operavam perto da estabilidade nesta sexta-feira, em um dia marcado pelo baixo volume de negócios. As poucas operações são explicadas pela falta de dados econômicos para ditar o rumo das Bolsas e pelo início do fim de semana prolongado nos Estados Unidos, devido ao feriado do "Memorial Day".
Às 11h48 (hora de Brasília), a Nyse (Bolsa de Valores de Nova York, na sigla em inglês) avançava 0,67% no índice DJIA (Dow Jones Industrial Average), a 8.347,81 pontos, enquanto o índice S 500 tinha ganhos de 0,64%, para 893,98 pontos. A Bolsa tecnológica Nasdaq subia 0,48%, a 1.703,45 pontos.
Após uma semana de grande volatilidade das Bolsas, os investidores encontraram algum otimismo com a notícia de que os bancos começaram a devolver parte dos empréstimos adquiridos junto ao Fed (Federal Reserve, Banco Central americano).
Segundo avaliação do banco, as instituições levantaram em torno de US$ 38,2 bilhões em empréstimos de emergência na semana encerrada no dia 20. O valor é menor que os US$ 39,9 bilhões de uma semana antes.
Analistas consultados pela agência de notícias Associated Press informam que a queda nos empréstimos semanais ao Fed é um sinal de que a crise de crédito está acabando e de que o dinheiro vai voltar a circular rapidamente no consumo.
Nesta semana, o presidente Barack Obama disse que observa uma "certa volta à normalidade" nos mercados financeiros, depois da turbulência agravada meses atrás. "Estamos contentes de ver progressos, de ver uma certa volta à normalidade de certos aspectos dos mercados financeiros", disse.
No rastro das melhora do setor bancário ainda repercute o projeto de parceria público-privada que ajudará os bancos a retirar os títulos podres e limpar seus balanços. O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, revelou que a medida, anunciada para varrer a crise do setor financeiro, começa a operar nas próximas seis semanas.
O programa combina mais de US$ 100 bilhões em fundos do governo com investimentos privados, que tem como objetivo formar um "pool" para a compra de mais de US$ 1 trilhão desses títulos.
Os títulos podres --em sua maioria relacionados a empréstimos imobiliários de alto risco ("subprime")-- foram o epicentro da atual crise financeira, e ainda atormentam os bancos. Sem esses títulos nos balanços, os bancos terão mais fôlego para retomar o crédito.