postado em 26/05/2009 15:44
O sindicato United Auto Workers (UAW) vai receber 17,5% de participação em ações na General Motors (GM) após a reestruturação da montadora, segundo o acordo assinado na semana passada pelas duas partes para evitar a concordata da empresa.
Documento obtido pela agência de notícias Associated Press mostra que a participação vai render ao UAW US$ 6,5 bilhões em ações preferenciais. Entre os principais pontos da proposta, a GM ainda se comprometeu a conceder US$ 2,5 bilhões ao fundo de saúde dos aposentados.
Em nota divulgada na quinta-feira passada (21), o UAW informou que fechou um acordo com a montadora sobre os pontos mais polêmicos da reestruturação: o corte de empregos e a contribuição com o fundo de saúde de aposentados da fabricante.
A GM tem até o dia 1° de junho para entregar seu plano de reforma ao governo e evitar a concordata. A empresa, que já conseguiu US$ 15,4 bilhões do governo para manter sua produção, espera a liberação de mais US$ 11,6 do governo.
Reportagem da Associated Press informa que o acordo era um passo-chave da GM em sua reforma.
A outra parte que ainda depende de um acordo são as negociações com credores, que têm de decidir até a meia-noite desta terça-feira se aceitam a proposta para trocar US$ 27 bilhões de dívida não assegurada por ações da "nova GM", como propôs o Departamento do Tesouro americano. A proposta do governo americano e da General Motors a credores como a Fidelity Investments e a Franklin Templeton Investments, assim como cerca de 100 mil indivíduos que têm títulos da GM, é receber 10% da "nova GM" em troca de eliminar a dívida.
Até agora, a montadora anunciou que planeja fechar 13 fábricas e 2.400 lojas nos EUA até o final de 2010 e concentrar sua produção em quatro marcas (Chevrolet, Cadillac, Buick e GMC). Após fechar a marca Pontiac, a empresa procura compradores para Saturn, Saab, Hummer e Opel. O ponto considerado mais polêmico é a demissão de 21 mil funcionários diretos --sem contar os cortes causados pelo fechamento das concessionárias da marca. A empresa espera reduzir de 61 mil para 40 mil o número de empregados.