postado em 26/05/2009 16:22
O preço do petróleo teve ganhos no mercado americano, puxado pela forte alta registrada no índice de confiança do consumidor nos Estados Unidos. O indicador atingiu seu maior patamar em oito meses em maio, segundo pesquisa do instituto privado Conference Board.
O barril do petróleo cru para entrega em julho fechou aos US$ 62,45 na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), alta de 1,26% ma comparação com o preço de sexta-feira, cujos valores foram impulsionados pela desvalorização do dólar.
Nesta terça-feira, o Conference Board divulgou que a confiança do consumidor chegou a 54,9 pontos neste mês, frente a 40,8 no mês anterior (dados revisados). O dado é o maior desde setembro do ano passado, quando o indicador estava em 61,4 pontos.
A alta ficou muito acima do esperado pelos analistas, que projetavam crescimento para 42,3 pontos, e também marcou a maior variação mensal desde abril de 2003.
"Olhando para frente, vemos que os consumidores estão cada vez menos pessimistas do que no começo do ano, e as expectativas são de que os negócios, o mercado de trabalho e os salários vão melhorar daqui pra frente", disse Lynn Franco, diretor do Conference Board. "Apesar de a confiança ainda estar abaixo dos níveis históricos, devido à preocupação com a crise, podemos afirmar que o pior já passou", acrescenta.
Preço justo
Mais cedo, o rei Abdullah bin Abdulaziz al Saud, da Arábia Saudita, defendeu a valorização da commodity, afirmando que o preço justo do barril de petróleo é entre US$ 75 e US$ 80. Segundo ele, a recuperação da economia mundial vai elevar o preço do barril para o patamar ideal.
"Continuamos acreditando que o preço é de US$ 75, talvez US$ 80 o barril, em particular neste momento", declarou Abdullah, cujo país é o maior exportador mundial de petróleo.
As cotações do petróleo estão em recuperação desde o início de 2009, meses depois do recorde absoluto em julho de 2008, a US$ 147,50 o barril, e da queda a US$ 32,40 em dezembro, como consequência da crise mundial.