postado em 26/05/2009 17:11
As corretoras de câmbio negociaram o dólar comercial por R$ 2,018, em baixa de 0,39% sobre a cotação de ontem. Na praça paulista, o dólar turismo foi cotado por R$ 2,140, em decréscimo de 0,46%.
Com a percepção de que "o pior já passou", o fluxo de recursos externos para o país continua forte e derrubando os preços da moeda americana: a cotação da moeda caiu em 11 dias úteis do mês.
Segundo o Banco Central, o volume de investimento estrangeiro em abril --US$ 3,409 bilhões- foi o maior desde dezembro do ano passado. Outro indicador forte desse fluxo foi o saldo das transações correntes, uma das medidas mais amplas sobre as relações do país com o exterior: pela primeira vez em 18 meses, o resultado foi positivo.
Ideaki Iha, da mesa de operações da corretora Fair, compara o momento atual ao primeiro semestre do ano passado, quando o país também foi inundado por dólares em busca dos altos juros domésticos. "Parece que está começando de novo. Com essa iideiade que o pior já passou, o dinheiro que estava parado está voltando", avalia Iha. "Essa semana, com a formação da Ptax, provavelmente o dólar pode bater abaixo de R$ 2,00. Isso não quer dizer que vai ficar nesse patamar. O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, já avisou mais de uma vez que há uma certa euforia um pouco injustificada. O que ele pode fazer, ainda não está claro", acrescenta.
Juros futuros
O mercado futuro de juros da Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM) reduziu as taxas projetadas nos contratos de prazo mais longo.
Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) foi de 0,46% na semana do dia 22 de maio, levemente abaixo da taxa de 0,48% apurada na semana imediatamente anterior. Os preços subiram menos em quatro das sete capitais onde é realizada a pesquisa de preços.
No contrato que projeta as taxas para janeiro do ano que vem, a taxa prevista retrocedeu de 9,30% ao ano para 9,25%; e no contrato que vence em janeiro de 2011, a taxa projetada recuou de 9,82% para 9,72%