Economia

Secretaria de Saúde do DF notifica empresas e quer 30% de vigilantes em hospitais

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postado em 26/05/2009 17:40
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal anunciou nesta terça-feira (26/05) que notificou as três empresas privadas que prestam serviços de segurança em hospitais públicos do Distrito Federal pedinto que garantam o efetivo de 30% de trabalhadores nas unidades. De acordo com o secretário-adjunto de Gestão de Saúde, Fernando Antunes, não tem havido comparecimento o comparecimento mínimo exigido por lei nas instituições de saúde desde que a greve foi iniciada, nesta segunda (25/05), o que tem causado problemas. Segundo ele, o momento mais tenso é o horário de visita aos pacientes. De acordo com Antunes, servidores de portaria que estão de folga estão sendo chamados e a Secretaria de Segurança colocou policiais militares à disposição para garantir a segurança principalmente das maternidades. Entretanto, o secretário-adjunto afirmou que as empresas têm a obrigação de cumprir o contrato com o governo do DF, mesmo que tenham que recorrer à contratação de temporários. As três prestadoras de serviços de vigilância para a Secretaria de Saúde do DF são a Brasília Segurança, a Confederal e a Ipanema. O Correio telefonou para todas. Na Confederal, foi dito à reportagem que entrasse em contato com o sindicato patronal da área de segurança, o Sindicato das Empresas de Segurança Privada do Distrito Federal (Sindesp). A Brasília Segurança, por sua vez, afirmou que está mantendo o percentual mínimo exigido por lei nos hospitais. O chefe de segurança, Itacy Lopes, afirmou estar com uma equipe no Hospital Regional do Gama (HRG) e que a situação no local estaria 'tranquila', mas admitiu que foi preciso convocar vigilantes de férias ou de folga. A reportagem não conseguiu contato com a Ipanema. Em contato com o HRG, Hospital de Base do DF (HBDF), Hospital Regional da Asa Norte (Hran) e Hospital Regional do Guará (HRGu) o Correio Braziliense recebeu a informação de que os vigilantes terceirizados não compareceram ao trabalho nesta terça. Reunião No Sindesp, o Correio recebeu a informação de que a entidade patronal estaria reunida no Ministério Público do Trabalho (MPT) com o Sindicato dos Trabalhadores em Vigilância do DF (Sindesv). Não foi possível entrar em contato com o presidente da entidade, Rodrigo Pavoni, nem com o presidente do Sindesv, Jervalino Bispo. Os vigilantes se reúnem em assembleia hoje e, se houver acordo no MPT, a greve pode terminar. Prédios públicos como o Museu Nacional estão fechados desde que começou a greve, assim como os bancos, que por determinação legal não podem funcionar sem segurança. Reivindicações Os trabalhadores reivindicam um aumento real de 15% sobre o piso salarial da categoria, que hoje é de R$ 1.080, aumento no valor do vale-refeição de R$ 9 para R$ 15. Com a greve dos vigilantes, muitos bancos permanecem fechados, assim como o atendimento em alguns hospitais ficou prejudicado, segundo o Sindicato. Segundo o sindicato da categoria, os empresários oferecem 7% e apostam no dissídio coletivo para que a Justiça do Trabalho conceda o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do período que está em torno de 5,85%.

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