postado em 27/05/2009 10:28
Enquanto a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) abre em alta, o dólar comercial já foi cotado abaixo de R$ 2,00 por alguns poucos minutos na primeira hora de negócios desta quarta-feira (27/5). Os investidores continuam antecipando o possível fim da recessão nos EUA, repercutindo com uma certa euforia os indicadores um pouco mais favoráveis da economia europeia e americana. O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, ganha 0,45%, aos 52.075 pontos. Ontem, a Bolsa fechou em alta de 2,02%, acumulando avanço de 3,5% nos últimos três dias.
O dólar comercial é vendido por R$ 2,008, em um decréscimo de 0,49% sobre a cotação de ontem. A taxa de risco-país marca 291 pontos, número 0,69% acima da pontuação anterior.
A melhora na percepção de risco dos investidores mundiais tem beneficiado mercados emergentes como o Brasil, que recebeu um forte ingresso de recursos externos nos últimos meses. Somente o saldo de investimentos estrangeiros na Bovespa já bateu a casa dos R$ 10 bilhões neste ano, contribuindo para derrubar os preços da moeda americana.
Embora o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, já tenha insistido que não pretende determinar os rumos da taxa cambial, profissionais de mercado já debatem sobre o que a autoridade monetária pode fazer para impedir a derrocada dos preços. Por enquanto, o BC tem feito compras diárias nos negócios com o dólar à vista.
Entre as primeiras notícias do dia, o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) revelou que a taxa de desemprego subiu para 15,3% em abril ante 15,1% em março. A pesquisa abrange as seis principais regiões metropolitanas do país.
A influente NABE (Associação Nacional de Economistas de Empresas dos Estados Unidos) advertiu que a recessão nos EUA pode encerrar no terceiro trimestre deste ano, segundo a maioria (74%) dos economistas ouvidos. Outra parcela de 19% de economistas acha que a recessão pode encerrar no quarto trimestre.