postado em 27/05/2009 14:36
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) desconsiderou a necessidade de analisar a operação de reestruturação acionária da siderúrgica Usiminas. O conselheiro relator do processo, Olavo Chinaglia, argumentou que a participação de 5,89% de ações ordinárias na siderúrgica que pertencia à mineradora Vale foi diluída proporcionalmente entre as demais empresas que já participavam do controle da Usiminas, que são a Nippon, a Camargo Corrêa e a Votorantim, e que adquiriram essas ações. "Nada mudou no controle da empresa siderúrgica por causa da operação e nenhum acionista passou a deter mais controle do que outro por causa da aquisição das ações", comentou o relator.
O plenário do Cade acompanhou o voto do relator e, com isso, o Cade não viu necessidade de julgar o impacto do negócio que resultou na saída da Vale da Usiminas porque entendeu que não houve mudanças substanciais no controle da siderúrgica. Mesmo quando tinha participação acionária na Usiminas, a Vale já não detinha poder decisório nem poder de veto, embora pudesse indicar um dos membros do conselho de administração.
Segundo informações de mercado, divulgadas à época do anúncio, a operação rendeu R$ 594,7 milhões ao caixa da Vale e foi finalizada quase um ano depois de a mineradora ter colocado à venda sua posição na Usiminas.
Alupar
O Cade encerrou a reunião de hoje e retirou da pauta o investimento feito pelo Fundo de Investimento (FI) do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FI-FGTS) na empresa Alupar. Provavelmente, o negócio voltará à pauta da próxima reunião. O investimento do FI-FGTS servirá para a construção das usinas hidrelétricas Foz do Rio Claro, com capacidade de geração de 68,4 megawatts (MW); São José, com capacidade de geração de 100 MW, e das PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas) e de Queluz e Lavrinhas, cada uma com capacidade de 30 MW.