Economia

Bovespa fecha em queda de 0,09%, aos 51.791 pontos

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postado em 27/05/2009 18:06
O bom humor dos investidores manteve a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) em terreno positivo durante a maioria absoluta do pregão desta quarta-feira (27/5). Nos minutos finais do expediente, no entanto, as ordens de venda ganharam volume suficiente para "virar o jogo". As Bolsas americanas amargam forte queda hoje, reagindo mal à situação cada vez mais complexa da gigante GM. A taxa de câmbio, que rondou a casa dos R$ 1,99, encerrou o dia a R$ 2,01. O termômetro da Bolsa, o Ibovespa, teve leve baixa de 0,09% no fechamento, recuando para os 51.791 pontos. O giro financeiro foi de R$ 5,30 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York fechou em baixa de 2,04%. "Hoje, o mercado foi mal lá fora e afetou a Bolsa por aqui. Embora a concordata da GM (General Motors) seja praticamente um "bola cantada´, essa notícia não tem como gerar um efeito positivo, de qualquer forma", comenta Boris Kogan, profissional da mesa de operações da corretora Walpires. "O fato da Coreia da Sul estar lançando mísseis quase diariamente também não ajuda a melhorar o ambiente", acrescenta. Embora haja boa chance da Bolsa continuar "patinando" em torno dos 50 mil pontos, como visto neste mês, Kogan vê chances do mercado ganhar novo fôlego, caso a situação das montadoras dos EUA finalmente se defina. "Os preços das matérias-primas também subiram bem. Se continuarem nessa tendência, podem afetar toda uma cadeia produtiva", lembra. O dólar comercial foi vendido por R$ 2,015, em uma retração de 0,14% sobre a cotação de terça-feira. A taxa de risco-país marca 281 pontos, número 2,76% abaixo da pontuação anterior. A Bolsa brasileira teve fôlego para bater os 53 mil pontos no decorrer do dia, ainda refletindo o entusiasmo dos investidores com a recuperação dos indicadores dos EUA. O desempenho de Wall Street, no entanto, não ajudou o bom humor predominante no mercado doméstico. Notícias do dia Entre as principais notícias do dia, o Banco Central informou que o estoque de dinheiro emprestado atingiu o número histórico de R$ 1,24 trilhão em abril, alavancado principalmente pela concessão de empréstimos para consumo pessoal. Por outro lado, a taxa de inadimplência bateu o maior nível dos últimos oito anos. O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) revelou que a taxa de desemprego do país subiu para 15,3% em abril ante 15,1% em março. A pesquisa abrange as seis principais regiões metropolitanas do país. EUA Nos EUA, a montadora General Motors (GM) confirmou hoje que falhou nas negociações com credores para trocar dívidas por ações, operação que poderia dar novo fôlego financeiro para a empresa, à beira da concordata. Já a influente Associação Nacional de Economistas de Empresas dos Estados Unidos (NABE, na sigla em inglês) apontou que a recessão nos EUA pode encerrar no terceiro trimestre deste ano, segundo a maioria (74%) dos economistas ouvidos. Outra parcela de 19% de economistas acha que a recessão pode encerrar ainda no quarto trimestre.

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