postado em 27/05/2009 18:09
As Bolsas americanas fecharam com perdas nesta quarta-feira, influenciadas pela cautela dos investidores com o futuro da montadora General Motors (GM). A empresa, cujos credores rejeitaram uma proposta de trocar a dívida por ações da companhia, caminha cada vez mais rumo à concordata.
O Dow Jones Industrial Average --principal indicador da Bolsa de Valores de Nova York (Nyse, na sigla em inglês)-- teve queda de 2,05%, para 8.300,02 pontos, enquanto o ampliado S 500 caiu 1,90%, a 893,06 unidades. Na Bolsa tecnológica Nasdaq, o indicador Nasdaq Composite recuou1,11%, para 1.731,08 pontos.
A GM confirmou que não conseguiu convencer um número suficiente de credores, que representam pelo menos 90% de seus US$ 27,2 bilhões de dívida não assegurada, a aceitar a medida.
Com isso, a GM dá mais um passo para pedir proteção da Justiça dentro do Capítulo 11 da Lei de Falências americana --o equivalente à concordata (ou recuperação judicial, no Brasil). Se isso ocorrer, será a maior concordata de uma empresa industrial na história americana.
A Comissão Federal de Garantia de Depósitos Bancários (FDIC, na sigla em inglês) divulgou nesta quarta-feira que cresceu, no primeiro trimestre deste ano, o número de instituições bancárias com problemas financeiros em decorrência da crise. Ao menos 305 bancos estavam sob supervisão do órgão no período, contra 252 no último trimestre de 2008.
As instituições permaneceram sob avaliação da comissão, apesar de voltarem a operar no azul no período, após a retomada da circulação do crédito e da ajuda dos pacotes de resgate do governo americano às maiores companhia do setor.
A pesquisa mostrou que os bancos americanos lucraram US$ 7,6 bilhões nos três primeiros meses deste ano, contra o prejuízo recorde de US$ 36,9 bilhões registrado nos últimos três meses do ano passado. Ainda assim, na comparação com o primeiro trimestre de 2008, os ganhos das entidades bancárias caíram quase 60%.
As ações de empresas do setor registraram quedas, com destaque para Wells Fargo e SunTrust Banks, que recuaram em torno de 3%. Os papéis do Bank of America valorizaram 2% depois que a empresa anunciou um reforço de R$ 26 bilhões em seu capital, com a conversão de títulos de obrigações híbridas em ações comuns.