postado em 28/05/2009 08:54
A Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) decidiu manter inalterada a produção conjunta de petróleo, situada em 24,8 milhões de barris diários (mbd). A decisão foi divulgada nesta quinta-feira pelo ministro do Petróleo saudita, Ali al Naimi, ao final da reunião do cartel, em Viena (Áustria).
"Tomamos uma grande decisão e decidimos manter o ritmo [da produção]", afirmou. A decisão já era esperada, visto que os 12 membros da Opep buscavam uma maneira de elevar o preço do produto em meio à sua forte volatilidade no mercado internacional.
As cotações do petróleo estão em recuperação desde o início de 2009, após um período de volatilidade que levou os preços do recorde absoluto, em julho de 2008 (US$ 147,50 o barril), aos menores patamares da história, em US$ 32,40, em dezembro.
Em declarações na quarta-feira, Al Naimi afirmou que a Opep deveria manter seu ritmo de produção para que o barril voltasse a ser negociado na faixa dos US$ 75. Analistas avaliaram que a declaração do ministro saudita era uma previsão da decisão da Opep, já que o país, que responde por cerca de 30% da produção de toda a Opep, é tido como indicador das decisões do grupo.
"Não há necessidade de reduzir a produção", afirmou Al Naimi, ontem. "A Opep deveria manter o rumo [de produção atual]". Segundo ele, a retomada da demanda na Ásia podem ajudar a puxar os preços.
No começo de maio, o cartel reduzira sua previsão de demanda de petróleo para 2009 em 1,8%, projetando um consumo de 84,03 milhões de barris por dia (mbd) neste ano, contra 85,59 mbd em 2008.
Os próprios sauditas dizem que conseguem sobreviver com o petróleo negociado a US$ 50 o barril, embora a Opep defenda algo entre US$ 75 e US$ 80. A justificativa é que, com preços maiores, é possível "realizar mais investimentos".