postado em 28/05/2009 18:02
Os secretários das áreas de Segurança (Valmir Lemos), Educação (José Luiz Valente), Saúde (Augusto Carvalho) e Planejamento (Ricardo Penna) do Distrito Federal reuniram-se na tarde nesta quinta-feira (28/5) com a consultoria jurídica do governo do DF, e decidiram destacar efetivo da Polícia Militar para escolas, hospitais e demais prédios públicos durante a greve dos vigilantes de empresas privadas, deflagradas na segunda-feira (25/5). Os policiais militares ocupam postos nos prédios do governo já a partir de amanhã e cerca de 1 mil serão convocados.
De acordo com o secretário de Planejamento, Ricardo Penna, a quantidade de policiais que serão chamados é bem inferior ao número de vigilantes que prestam serviço ao GDF, que é de cerca de 6 mil.
O GDF também determinou a suspensão do pegamento às empresas privadas com às quais tem contrato até que termine a paralisação e não deve arcar com despesas adicionais caso o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Segurança e Vigilância do Distrito Federal (Sindesv) entrem em um acordo com o sindicato patronal. Além disso, se não houver solução para a situação até a próxima segunda-feira (1°/6), o governo começará a discutir uma contratação emergencial de porteiros.
Os cerca de 15 mil vigilantes do Distrito Federal reivindicam aumento real de 15% sobre o piso do salário da categoria, que é R$ 1.080, e, ainda, alta de R$ 9 para R$ 15 no valor do vale refeição. As empresas de segurança ofereceram aumento nominal de 7%.
Na terça-feira, o Ministério Público do Trabalho (MPT) tentou intermediar uma negociação entre patrões e empregados, mas não houve acordo e a questão foi a dissídio. Em uma primeira audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10) o sindicato patronal discutiu apenas aumento com base em índices econômicos e não aceita os 15% pedidos pelos vigilantes. Uma segunda audiência aconteceu nesta manhã e os vigilantes votarão em assembleia hoje à noite sobre a continuidade ou não da paralisação.