postado em 28/05/2009 19:57
Vigilantes do Distrito Federal votaram na noite desta quinta-feira (28/5) pelo final da greve da categoria, deflagrada na segunda. Os trabalhadores votaram a favor de proposta discutida com as empresas de segurança pela manhã no Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região (TRT-10) e devem receber aumento de 8% retroativo ao dia primeiro de maio e reajuste do ticket alimentação de R$ 9,50 para R$ 12.
De acordo com Chico Vigilante, um dos diretores do Sindicato dos Empregados em Empresas de Segurança e Vigilância do DF (Sindesv-DF), os grevistas começarão a voltar ao trabalho ainda hoje, a partir das 23h.
A categoria reivindicava aumento real de 15% no salário e vale refeição de R$ 15 diários. Com o acordo, ganha aumento real apenas próximo de 3%, mas o valor do vale refeição, apesar de não ser o pedido inicialmente pelo sindicato, tem uma alta significativa, de 27%. O aumento incide sobre o salário-base, que é de R$ 1.080.
O acordo feito no TRT-10, que há dois dias vinha conduzindo as negociações entre o Sindesv e o Sindicato das Empresas de Segurança Privada, Sistemas de Segurança Eletrônica, Cursos de Formação e Transporte de Valores (Sindesp), o sindicato patronal, prevê que o reajuste seja pago no contracheque referente a junho. Já a diferença relativa ao ticket alimentação será paga a partir de julho, com o retroativo referente a maio e junho no pagamento de agosto.
O reajuste dos vigilantes do DF foi a dissídio após o Ministério Público do Trabalho (MPT) não conseguir que patrões e funcionários chegassem a um acordo no início da semana. Foram, então, marcadas as audiências no TRT conduzidas pelo desembargador Mário Caron.
PM e contratação emergencial
O Distrito Federal tem cerca de 15 mil vigilantes. Vinculados a empresas que prestam serviços em prédios públicos e privados, eles permaneceram três dias parados. Bancos fecharam as portas já que, por lei, não podem funcionar sem segurança. Escolas, hospitais e prédios públicos também ficaram sem efetivo e convocaram, emergencialmente, servidores de folga para ocupar o lugar dos vigias.
Hoje, após uma reunião, secretários do GDF decidiram convocar cerca de mil servidores da Secretaria de Segurança para ficar a postos nos prédios públicos e, no caso de a greve se estender por mais tempo, viabilizar uma contratação emergencial de porteiros. O governo anunciou também que não repassaria às empresas o pagamento relativo ao tempo em que os vigilantes ficaram parados.
Ponto
De acordo com Chico Vigilante, havendo ou não repasse às empresas que têm contrato com o governo local, os patrões se comprometeram, no TRT, a não cortar o ponto dos funcionários pelos dias de paralisação.