Economia

Confiança do consumidor nos EUA sobe ao maior nível desde setembro

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postado em 29/05/2009 12:47
O índice de confiança do consumidor americano encerrou o mês de maio no maior nível em seis meses, mostra pesquisa elaborada pela Universidade de Michigan. O indicador, que já apresentava uma melhora na prévia registrada há duas semanas, ficou em 68,7 pontos neste mês, contra 65,1 pontos em abril. Com isso, o indicador chegou ao seu ponto mais alto desde setembro do ano passado, quando se agravou a crise financeira global devido à quebra do banco de investimentos Lehman Brothers. O número superou as previsões dos analistas, que projetavam uma alta até 68 pontos no indicador. "Comparando com a situação econômica de seis meses atrás, os consumidores retomaram um bom nível de esperança no país", afirmou Richard Curtin, diretor da pesquisa. Segundo ele, a maior parte do ganho da confiança pode estar ligada ao apoio dos consumidores e à avaliação favorável do pacote de estímulo do presidente dos EUA, Barack Obama. A confiança medida pela Universidade de Michigan é um dado importante porque serve como um termômetro da retomada do consumo nos EUA --que representa 70% da atividade econômica americana. De acordo com a pesquisa, a maioria dos consumidores ainda relatam alguma preocupação porque sua situação financeira havia piorado devido principalmente à queda na renda, à menor carga horária de trabalho e à perda de empregos. "Apesar da melhora no otimismo, os consumidores ainda se dizem preocupados com suas finanças frente à realidade do mercado", afirmou Curtin. Segundo dados do Departamento de Trabalho, a economia americana fechou 539 mil postos de trabalho em abril, elevando o desemprego de 8,5% em março a 8,9% --o maior patamar desde setembro de 1983. Desde que a recessão começou em dezembro de 2007, mais de 5,7 milhões de vagas foram eliminadas nos EUA. Apesar disso, o país demite em um ritmo cada vez mais lento, já que o número de empregos perdidos no mês passado, o menor desde outubro, surpreendeu os analistas do mercado, que esperavam o fechamento de 590 mil postos de trabalho.

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