Economia

Bolsas europeias sobem e encerram terceiro mês seguido de altas

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postado em 29/05/2009 16:00
As Bolsas europeias fecharam a sexta-feira em leve alta, impulsionadas pelos ganhos dos setores de petróleo e mineração em meio às altas dos preços das commodities. Os mercados europeus, que encerraram o terceiro mês consecutivo de alta, só não tiveram ganhos maiores graças aos ânimos confusos dos investidores americanos. A Bolsa de Londres subiu 0,69% no índice FTSE 100, indo para 4.417,94 pontos; a Bolsa de Paris avançou 0,43% no índice CAC 40, para 3.277,65 pontos; a Bolsa de Frankfurt subiu 0,16% no índice DAX, indo para 4.940,82 pontos. Já a Bolsa de Amsterdã registrou perdas de 0,56% no índice AEX General, indo para 259,45 pontos; a Bolsa de Milão perdeu 1,09% no índice MIBTel, indo para 15.743 pontos; e a Bolsa de Zurique teve desvalorização de 0,02%, indo para 5.349,74 pontos no índice Swiss Market. O índice FTSEurofirst 300, que reúne ações das principais empresas europeias, avançou 0,2%. Na semana, o indicador acumulou alta de 0,7%, enquanto o mês foi de ganhos de 4,1% --o melhor resultado desde 2007. "Esta aceleração pode durar por mais alguns meses", afirmou Georgina Taylor, estrategista da corretora Legal & General Investment. "Mas devido a esses ganhos, acho que os mercados podem voltar a ficar mais sensíveis às notícias." Segundo ela, "a história é a mesma, mas os movimentos dos mercados são mais contidos." Ações de petroleiras avançaram hoje, depois que o preço do barril passou dos US$ 66, nesta quinta-feira. Os destaques foram as valorizações de 1,3% a 5,1% dos papéis de BG Group, Total, BP, Royal Dutch Shell, Repsol e StatoilHydro. No setor de mineração e siderurgia, a alta do cobre e do ouro ajudaram a elevar os negócios de companhias como Anglo American, Antofagasta, BHP Billiton, Lonmin, Rio Tinto e Xstrata, cujas altas variaram de 2,4% a 8,1%. Crise nos EUA Para analistas, os ganhos só não foram maiores no continente porque muitos investidores decidiram fugir do risco depois que as Bolsas americanas patinavam com os dados econômicos do país. O governo dos EUA revisou para melhor seu cálculo do PIB (Produto Interno Bruto) relativo ao primeiro trimestre deste ano: em vez de uma retração de 6,1%, a nova estimativa aponta para uma queda de 5,7%, principalmente por causa de um aumento no consumo das famílias americanas. O resultado de hoje ainda não é número final e deve sofrer uma última reavaliação em junho, mas reforça o que alguns indicadores vêm mostrando: a melhora, em caráter ainda bastante inicial, da maior economia do planeta. A confiança dos consumidores também aponta para a retomada econômica, com a esperança de melhora no mercado. Pesquisa elaborada pela Universidade de Michigan mostrou que o índice de confiança do consumidor encerrou maio no maior nível em oito meses --o indicador, que já apresentava uma melhora na prévia registrada há duas semanas, ficou em 68,7 pontos neste mês, contra 65,1 pontos em abril. Com isso, o indicador chegou ao seu ponto mais alto desde setembro do ano passado, quando se agravou a crise financeira global devido à quebra do banco de investimentos Lehman Brothers. O dado negativo foi a queda dos papéis da montadora GM (General Motors), que perderam cerca de de 22% ao cair para US$ 0,87 na manhã desta sexta-feira. Esta foi a menor cotação desde 18 de abril de 1933, de acordo com a Universidade de Chicago. A queda no preço dos papéis ocorre justamente às vésperas do prazo final estabelecido para a reestruturação da companhia, em 1° de junho, a próxima segunda-feira. A perspectiva de a montadora norte-americana recorrer ao "Capítulo 11" da Lei de Falências americana --o equivalente à concordata (ou recuperação judicial, no Brasil)-- abateu os investidores.

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