Economia

Petróleo sustenta alta e fecha semana acima dos US$ 66

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postado em 29/05/2009 17:52
O preço do barril do petróleo encerrou com nova alta nesta sexta-feira, em grande medida pelo otimismo quanto à retomada da economia e à fragilidade do dólar. Ao ultrapassar os US$ 66, a matéria-prima atingiu a maior cotação em sete meses. Na Nymex (Bolsa Mercantil de Nova York, na sigla em inglês), o barril para entrega em julho encerrou negociado a US$ 66,31, em alta de 1,89% em relação ao fechamento anterior (US$ 65,08). A cotação final ficou próxima da máxima de hoje, de US$ 66,47 --o nível mais alto desde começo de novembro, ganhando mais de 30% em maio. A mínima hoje foi de US$ 64,68. O barril de petróleo Brent, de referência na Europa, subiu 1,75% na ICE Futures (Bolsa Intercontinental de Futuros de Londres, na sigla em inglês) e terminou cotado a US$ 65,52. O barril da commodity oscilou entre os US$ 63,96 e os US$ 65,70. Os preços foram impulsionados por uma nova queda do dólar, que aumenta o poder aquisitivo dos investidores que contam com outras divisas. "O mercado está extremamente sólido", avaliou Ellis Eckland, analista independente. As cifras do crescimento norte-americano limitaram o avanço dos preços nas operações eletrônicas prévias à abertura. A atividade econômica nos EUA teve contração de 5,7% no primeiro trimestre em relação ao anterior, em revisão a estimativa anterior de 6,1% de queda. Por outro lado, a confiança dos consumidores apurada pela Universidade de Michigan subiu em maio pelo terceiro mês consecutivo. "A recente melhora da percepção do mercado nos parece mais sustentada na esperança do que na realidade dos fatos", atenuou Adam Sieminski, do Deutsche Bank, estimando que a economia continuará "vulnerável". O analista destacou que a recuperação dos preços se produz apesar de uma demanda fraca, uma oferta elevada, estoques e produção elevados. Mas a queda das reservas semanais de petróleo nos Estados Unidos anunciada na quinta-feira, de 5,4 milhões de barris, sustentou os preços, ainda que os níveis das reservas continuem em alta.

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