Jornal Correio Braziliense

Economia

Bovespa fecha em alta de 0,30%, aos 53.197 pontos

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A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) oscilou durante todo o dia entre a cautela dos investidores que optaram por vender as ações que subiram demais no mês, e o ânimo de outra parcela, que preferiu seu manter no mercado. Com R$ 5 bilhões em dinheiro de fora, a Bolsa acumulou ganho de 12,5% no mês. E em um ambiente de menor aversão ao risco, o dólar caiu abaixo de R$ 2 pela primeira vez em oito meses, com desvalorização de 9,67% no mesmo período. O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, teve alta moderada de 0,30%, atingindo os 53.197 pontos. Trata-se da maior pontuação desse índice desde 3 de setembro do ano passado. O giro financeiro foi alto, superior ainda à média do mês: R$ 8,19 bilhões. O dólar comercial foi vendido por R$ 1,970, em declínio de 1,94%. A taxa de risco-país marca 296 pontos, número 3,85% acima da pontuação anterior. "Hoje, muita gente está sentido que a recuperação [da economia global] já começou. Vai ser muita lenta, muito gradual, mas já começou. Se realmente esse cenário se firmar, e nenhuma notícia muito ruim aparecer, não há nada que impeça o dólar cair para R$ 1,90 no curto prazo", comenta Reinaldo Galhardo, diretor da corretora Treviso. "Eu vejo ainda o mercado mantendo ainda essa tendência de alta. No entanto, a partir de segunda-feira nós podemos ver um período de realização de lucros [venda de ações valorizadas] que pode durar pelo menos uns 15 dias, por parte de alguns grandes gestores de investimentos", avalia Waldney Trindade Nery, analista da corretora Uniletra. Entre as principais notícias do dia, o Departamento de Comércio dos EUA revelou que o PIB (Produto Interno Bruto) nacional sofreu contração de 5,7% no primeiro trimestre deste ano. Em sua estimativa anterior, o decréscimo havia sido muito pior: 6,1%. O número divulgado hoje, no entanto, foi um pouco pior do que o consenso de economistas do setor financeiro, que projetavam uma retração de 5,5%. Ainda nos EUA, pesquisa da Universidade de Michigan aponta que o consumidor americano está tão confiante na economia local como em setembro, mês em que começaram as turbulências do mercado financeiro. No front doméstico, a FGV (Fundação Getulio Vargas) informou que o empresário do setor industrial está uma pouco mais confiante na economia de abril para maio. O ICI (Índice de Confiança da Indústria) cresceu 6% em maio, ao passar de 84,5 para 89,6 pontos (dados com ajuste sazonal). Trata-se do quinto mês consecutivo de alta.