Economia

Bolsas dos EUA viram na reta final dos negócios e fecham em alta

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postado em 29/05/2009 18:05
As Bolsas americanas, cujos índices estiveram vacilantes a maior parte da sessão, fecharam em alta nesta sexta-feira. Indicadores econômicos contraditórios dos Estados Unidos levaram à indefinição dos investidores e os indicadores dispararam somente na reta final das negociações. Na Nyse (Bolsa de Valores de Nova York, na sigla em inglês), o Dow Jones Industrial Average encerrou em alta de 1,15%, aos 8.500,33 pontos, enquanto o S 500 subiu 1,36%, aos 919,14 pontos. Na Bolsa tecnológica Nasdaq, o indicador Nasdaq Composite avançou 1,29%, para 1.774,33 pontos. As ações da GM (General Motors) caíram abaixo de US$ 1 nesta sexta-feira, com queda de 33% (aos US$ 0,75), ante a aproximação do prazo final da reestruturação imposto pelo governo americano e a cada vez mais possível concordata. A queda no preço dos papéis ocorre justamente às vésperas do prazo final estabelecido para a reestruturação da companhia, em 1° de junho, a próxima segunda-feira. A perspectiva de a montadora norte-americana recorrer ao "Capítulo 11" da Lei de Falências americana --o equivalente à concordata (ou recuperação judicial, no Brasil)-- abateu os investidores. Segundo a agência de notícias Reuters, a GM deve fechar hoje o acordo final de venda de sua subsidiária alemã, a Opel, para a fabricante de autopeças austro-canadense Magna. As negociações, que ocorrem na Alemanha, envolvem também o governo de Angela Merkel, que já se manifestou disposto à avaliação. Entre os indicadores econômicos divulgados nesta sexta-feira, o governo americano revisou para melhor seu cálculo do PIB (Produto Interno Bruto). A atividade econômica nos EUA teve contração de 5,7% no primeiro trimestre em relação ao anterior, em revisão a estimativa anterior de 6,1% de queda. O resultado de hoje ainda não é número final e deve sofrer uma última reavaliação em junho, mas reforça o que alguns indicadores vêm mostrando: a melhora, em caráter ainda bastante inicial, da maior economia do planeta. Por outro lado, a confiança dos consumidores apurada pela Universidade de Michigan subiu em maio pelo terceiro mês consecutivo. O indicador, que já apresentava uma melhora na prévia registrada há duas semanas, ficou em 68,7 pontos neste mês, contra 65,1 pontos em abril. O número superou as previsões dos analistas, que projetavam uma alta até 68 pontos no indicador. Com isso, o indicador chegou ao seu ponto mais alto desde setembro do ano passado, quando se agravou a crise financeira global devido à quebra do banco de investimentos Lehman Brothers. Segundo informou o ISM (Instituto de Gestão de Oferta, na sigla em inglês), o índice sobre a atividade da indústria na região de Chicago ficou em 34,9 pontos em maio, contra 40,1 pontos em abril. Os analistas previam um aumento até 42 pontos. Abaixo de 50 pontos, o indicador aponta contração da atividade. O mercado de petróleo também ajudou na valorização das ações em Wall Street. O preço do barril encerrou com nova alta --a quinta consecutiva-- nesta sexta-feira, em grande medida pelo otimismo quanto à retomada da economia e à fragilidade do dólar. Ao ultrapassar os US$ 66, a matéria-prima atingiu a maior cotação em sete meses. No mês, a valorização foi de 29,7%. Na Nymex (Bolsa Mercantil de Nova York, na sigla em inglês), o barril para entrega em julho encerrou negociado a US$ 66,31, em alta de 1,89% em relação ao fechamento anterior (US$ 65,08). A cotação final ficou próxima da máxima de hoje, de US$ 66,47 --o nível mais alto desde começo de novembro, ganhando mais de 30% em maio.

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