Economia

Varejo espera pior desempenho do Dia dos Namorados em três anos

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postado em 01/06/2009 11:55
O comércio projeta para o Dia dos Namorados deste ano o pior desempenho desde 2006, segundo pesquisa da Serasa Experian de Expectativa Empresarial divulgada nesta segunda-feira. Para 70% dos empresários, o faturamento deverá recuar (28%) ou ficar estável (42%) em relação à mesma data no ano passado. "Apesar dos recentes sinais de recuperação da atividade econômica, no que diz respeito ao varejo nacional uma retomada mais firme somente deverá acontecer a partir do segundo semestre de 2009", informou a entidade. Realizada com 1.010 executivos do varejo nacional, o levantamento aponta que para 30% as vendas deste ano devem superar a marca registrada em 2008. O índice é 4 pontos percentuais menor do que a pesquisa de expectativas em relação ao Dia das Mães (na ocasião, 34% esperavam alta do faturamento em relação a 2008), segundo a Serasa. "O fraco desempenho registrado nas vendas do Dia das Mães deste ano afetou negativamente o grau de otimismo do setor varejista para o Dia dos Namorados." Conforme a pesquisa, as expectativas de vendas mais mornas devem-se, basicamente, às pequenas empresas --somente 28% delas acreditam em alta do faturamento neste ano. Já para as médias e grandes empresas do varejo, as expectativas de alta são melhores: 38% no caso das médias e 39% para as grandes empresas. Entre os presentes mais procurados neste Dia dos Namorados, os varejistas apostam em celulares (25%), roupas, cintos, sapatos, tênis e acessórios (24%), flores (18%) e perfumes e cosméticos (13%). Regiões As regiões Nordeste, Norte e Sudeste são as mais otimistas para as venda do Dia dos Namorados de 2009. Pelo menos, 36% dos empresários varejistas do Nordeste projetam vendas maiores. No Norte e Sudeste estes percentuais são de 33% e 32%, respectivamente. Segundo a entidade, o peso da atividade industrial nesta regiões em detrimento do setor de agronegócio (mais relevante para Sul e Centro-Oeste) explica a diferença regional. "Os primeiros sinais de recuperação econômica estão sendo emitidos pelo setor industrial (setor automotivo, eletrodomésticos etc.), ao contrário do que tem ocorrido com o agronegócio (quebras de safras por fatores climáticos e preços de commodities ainda depreciados)", informou a Serasa.

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