postado em 01/06/2009 12:45
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) volta a operar nos mesmos níveis de preço de setembro do ano passado, apagando as perdas acumuladas ao longo da fase mais turbulenta da crise mundial. Indicadores dos EUA e da China contribuem para manter o otimismo do investidor, mesmo face à concordata da General Motors. No front doméstico, pioraram as projeções para o PIB. A taxa de câmbio retrocede para R$ 1,94.
O termômetro da Bolsa, o Ibovespa, tem forte alta de 2,62%, alcançando os 54.593 pontos. O giro financeiro é de R$ 2,29 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York sobe 2,35%.
O dólar comercial é vendido por R$ 1,949, em um decréscimo de 1,11% sobre a cotação de ontem. A taxa de risco-país marca 271 pontos, número 8,44% abaixo da pontuação anterior.
O Ministério do Desenvolvimento informou que a balança comercial teve superávit de US$ 2,651 bilhões em maio. A comparação com maio de 2008 foi prejudicada por uma greve que afetou o comércio exterior até abril de 2008.
Entre as principais notícias do dia, a montadora americana General Motors, finalmente, recorreu à concordata no Tribunal de Falências de Nova York. A empresa, assim, está sob proteção do "Capítulo 11" da Lei de Falências americana --o equivalente à concordata (ou recuperação judicial, no Brasil). O processo deve durar entre 60 e 90 dias e pode resultar no fechamento de 11 das suas fábricas. Ainda nos EUA, o Departamento de Comércio informou que o nível de consumo das famílias teve queda de 0,1% em abril, enquanto o nível de rendimento teve crescimento de 1,1% no mesmo período, o maior incremento desde maio de 2008. Ambos os números foram melhores do que o esperado por economistas. Na Ásia, a China voltou a dar sinais de aquecimento de sua economia: o chamado PMI (Índice de Atividade de Gerentes de Compras, na sigla em inglês) da indústria local fechou maio em 53,1 pontos, no terceiro mês consecutivo acima dos 50 pontos (o que indica expansão do setor). O boletim Focus, preparado pelo Banco Central, mostrou que a maioria dos economistas do setor financeiro revisaram para pior suas previsões para a economia do país: em vez de uma queda de 0,53%, agora a mediana das expectativas aponta para uma contração de 0,73%.