postado em 01/06/2009 15:29
O investidor ainda encontra ânimo para ir às compras mesmo após a valorização de 12,5% da Bolsa de Valores no mês passado e superior a 40% neste ano. Notícias positivas nos EUA e na Ásia, junto com o desenlace da GM formam o cenário para forte alta nos preços das ações no primeiro pregão de junho. A taxa de câmbio cai para R$ 1,94, o menor preço desde 1° de outubro de 2008.
O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, ganha 2,85% e alcança os 54.714 pontos. O giro financeiro é de R$ 3,24 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York valoriza 2,40%.
O dólar comercial é negociado por R$ 1,945, em um decréscimo de 1,26% sobre a cotação de ontem. A taxa de risco-país marca 266 pontos, número 10,13% abaixo da pontuação anterior.
Entre as principais notícias do dia, a montadora americana General Motors, finalmente, recorreu à concordata no Tribunal de Falências de Nova York. A empresa, assim, está sob proteção do "Capítulo 11" da Lei de Falências americana --o equivalente à concordata (ou recuperação judicial, no Brasil). O processo deve durar entre 60 e 90 dias e pode resultar no fechamento de 11 das suas fábricas. Ainda nos EUA, o Departamento de Comércio informou que o nível de consumo das famílias teve queda de 0,1% em abril, enquanto o nível de rendimento teve crescimento de 1,1% no mesmo período, o maior incremento desde maio de 2008.
Ambos os números foram melhores do que o esperado por economistas. Na Ásia, a China voltou a dar sinais de aquecimento de sua economia: o chamado PMI (Índice de Atividade de Gerentes de Compras, na sigla em inglês) da indústria local fechou maio em 53,1 pontos, no terceiro mês consecutivo acima dos 50 pontos (o que indica expansão do setor). O boletim Focus, preparado pelo Banco Central, mostrou que a maioria dos economistas do setor financeiro revisaram para pior suas previsões para a economia do país: em vez de uma queda de 0,53%, agora a mediana das expectativas aponta para uma contração de 0,73%.
O Ministério do Desenvolvimento informou que a balança comercial teve superávit de US$ 2,651 bilhões em maio. A comparação com maio de 2008 foi prejudicada por uma greve que afetou o comércio exterior até abril de 2008.