Economia

Obama diz que plano da GM é viável; montadora descarta impacto fora dos EUA

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postado em 01/06/2009 15:39
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta segunda-feira que o plano de reestruturação da General Motors é "viável e realista" e dará à companhia a "oportunidade de renascer", ao mesmo tempo que manifestou otimismo sobre o futuro da Chrysler. Por sua vez, o presidente da GM, Fritz Henderson, disse que a GM deixará a concordata em "60 ou 90 dias". Em coletiva de imprensa, afirmou ainda que a quebra não "terá nenhum impacto" na Europa, América do Sul ou Ásia e que seguirão operando "sem interrupções". A GM pediu hoje proteção judicial para fazer frente a sua situação financeira, após não conseguir definir com seus credores uma reestruturação da dívida. Segundo Obama, enfatizou que permitir o colapso da GM e da Chrysler seria um desastre à economia americana, ao fundamentar sua decisão de resgatar empresas emblemáticas, através de um processo de quebra e reestruturação. "Em um momento em que estamos no centro de uma recessão e de uma crise financeira profunda, a ruína destas empresas teria tido um efeito devastador para inúmeros americanos, além de causar prejuízos enormes à nossa economia, não só na indústria automobilística", afirmou Obama, na Casa Branca, no dia em que a General Motors recorreu à concordata. Obama fixou como objetivo terminar "rapidamente" com a intervenção do governo federal da GM. "Nosso objetivo é ajudar a GM a ficar de pé e sair rapidamente", disse ele. No total, a administração federal irá injetar na companhia US$ 50 bilhões, sendo que US$ 20 bilhões já foram liberados, e irá controlar 60% do capital da empresa. Já o governo canadense concederá um empréstimo de US$ 9,5 bilhões em troca de 12,5% de participação acionária. O sindicato UAW (United Auto Workers) terá 17,5% dos títulos. Obama disse que espera que a empresa saia rapidamente do processo de recuperação judicial e que o governo está pronto para um aporte adicional de US$ 30 bilhões para ajudar a empresa a se reestruturar. Mercado de ações A GM deixará de cotar na terça-feira na Bolsa de Nova York (Nyse, na sigla em inglês) e abandonará após 83 anos o índice Dow Jones Industrial, do qual o Citigroup também sairá. A Nyse informou nesta segunda-feira, em comunicado, que o pregão de hoje será o último para o fabricante automobilístico, assim como para dez tipos de ações relacionadas à General Motors que também são negociadas no pregão nova-iorquino. A entidade que administra a NYSE disse que determinou que a "companhia não é mais adequada para sua inclusão" no pregão. Afirmou também "tomar nota da incerteza sobre o momento e o resultado do processo de quebra". A companhia também deixará de fazer parte do índice Dow Jones Industrial, para ser substituída em 8 de junho pela Cisco Systems. O índice Dow Jones Industrial reúne os principais valores cotados em Nova York com maior valor de mercado e, com os anos, transformou-se no barômetro da bolsa mais conhecido do mundo.

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