postado em 01/06/2009 16:56
O fato da cotação do dólar já ter desvalorizado quase 10% no mês passado não impediu que a taxa cambial voltasse a cair, no primeiro dia de negócios de junho. Nas últimas operações desta segunda-feira, o dólar comercial foi negociado por R$ 1,953, o que significa um decréscimo de 0,86% sobre a taxa de sexta.
É o menor preço para a moeda americana desde 1° de outubro. À diferença da Bolsa de Valores, o dólar ainda voltou a ser negociado nos níveis anteriores à fase mais turbulenta da crise mundial, marcada pelo episódio da quebra do banco Lehman Brothers, na primeira quinzena de setembro do ano passado.
Nas casas de câmbio paulistas, o dólar turismo foi vendido por R$ 2,040, em um declínio de 2,85% sobre a taxa da semana passada.
Os agentes financeiros continuam a operar sob influência do otimismo predominante no mercado há semanas. O sentimento de "o pior já passou" ganhou reforço com mais uma rodada de indicadores positivos das principais economias, com destaque para os EUA, onde o nível de renda subiu, os gastos em construção civil aumentaram e o nível de atividade no setor manufatureiro melhorou.
O Banco Central marcou presença com seu habitual leilão de compra, às 15h10 (hora de Brasília), aceitando ofertas por R$ 1,9435 (taxa de corte). A autoridade monetária não informa o montante adquirido nesses leilões, mas operadores avaliam que a quantia não ultrapassa, em geral, a casa dos US$ 300 milhões.
O Ministério do Desenvolvimento informou que a balança comercial teve superávit de US$ 2,651 bilhões em maio. A comparação com maio de 2008 foi prejudicada por uma greve que afetou o comércio exterior até abril de 2008.
Juros futuros
O mercado futuro de juros da BM reduziu mais uma das taxas projetadas nos contratos de maior prazo. Hoje, o boletim Focus, preparado pelo BC, apontou que a maioria dos economistas do setor financeiro já trabalha com um contração ainda maior do PIB nacional neste ano: em vez de uma queda de 0,53%, a mediana das projeções para uma queda de 0,73%.
No contrato que projeta as taxas para janeiro do ano que vem, a taxa prevista caiu de 9,19% ao ano para 9,11%; e no contrato que vence em janeiro de 2011, a taxa projetada passou de 9,71% para 9,62%.