postado em 02/06/2009 17:32
As ações brasileiras desvalorizaram na conclusão dos negócios desta terça-feira, após três jornadas consecutivas de ganhos na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo). O mercado seguiu o roteiro previsto de realização de lucros (venda de papéis mais "caros"), previsto principalmente por conta da alta de 45% nos últimos cinco meses. Em Wall Street, as Bolsas americanas tiveram uma alta bastante modesta, enquanto no mercado de câmbio, a taxa retraiu pelo oitavo dia, para R$ 1,92, o menor preço desde 30 de setembro de 2008.
O Ibovespa, principal índice de ações da Bolsa paulista, retrocedeu 0,89% no fechamento, aos 53.999 pontos. O giro financeiro foi de R$ 6,25 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York fechou em alta de 0,22%.
Analistas têm reforçado a crença de que a Bolsa de Valores pode fazer por uma fase de ajustes nos preços, principalmente após os três meses de "euforia". Embora concorde com que a opinião corrente de que a pior fase da crise mundial já passou, a equipe de analistas da corretora Spinelli avalia que "a retomada das condições macroeconômicas necessárias para o crescimento das empresas ainda está distante", e que veem "com cautela a atual onda de euforia e os caminhos da Bolsa no curto prazo".
O dólar comercial foi vendido por R$ 1,924, o que significa uma retração de 1,48% sobre o valor final de ontem. A taxa de risco-país marca 281 pontos, número 4,07% acima da pontuação anterior.
Entre as principais notícias do dia, a entidade privada National Association of Realtors (Associação Nacional de Corretores de Imóveis) revelou que as vendas pendentes de casas nos EUA cresceram 6,7% em abril, em sua maior taxa desde outubro de 2001. Hoje, um dia ter solicitado concordata, a General Motors anunciou que chegou a um acordo preliminar para a venda de sua marca Hummer. Ainda no setor automobilístico americano, a Ford Motors revelou que suas vendas tiveram uma queda de 24% em maio, na comparação com idêntico mês do ano passado. Sobre abril, no entanto, houve um incremento de 20%.
O Eurostat (órgão estatístico da União Europeia) informou que a taxa de desemprego na zona do euro ficou em 9,2%, um nível recorde desde setembro de 1999. No front doméstico, a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) apontou que a inflação medida pelo IPC (Índice de Preços ao Consumidor) no município de São Paulo fechou o mês de maio com alta de 0,33%, contra 0,34% na terceira quadrissemana do mês passado.