postado em 03/06/2009 10:12
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) registra perdas desde os primeiros negócios desta quarta-feira. O bom humor do investidor passa por um "teste de fogo" hoje, com uma pesada agenda econômica nos EUA. Na Europa, a contração surpreendente do PIB na zona do euro não anima os negócios. A taxa de câmbio atinge R$ 1,94.
O Ibovespa, índice que reflete os preços das ações mais negociadas, mostra recuo de 1,20%, aos 53.367 pontos. Ontem, a Bolsa fechou em baixa de 0,89%.
O dólar comercial é negociado por R$ 1,944, em um avanço de 1,03% sobre a cotação de ontem. A taxa de risco-país marca 285 pontos, número 1,42% abaixo da pontuação anterior.
Nas principais Bolsas asiáticas, a esperança dos investidores sobre a recuperação da economia americana deu novo ânimo para os negócios: em Tóquio, o índice de ações Nikkei teve alta de 0,38% no fechamento, enquanto o índice Hang Seng, do mercado de Hong Kong, subiu 1,02%. Na Europa, a Bolsa londrina desvaloriza 2,20%.
Entre as primeiras notícias do dia, o Eurostat (órgão estatístico da União Europeia) revelou que o PIB (Produto Interno Bruto) total da zona do euro --grupo de 16 países que usa o euro como moeda única-- teve uma contração sem precedentes: uma queda de 2,5% no primeiro trimestre de 2009 ante o quarto trimestre do ano passado, a maior desde 1999 (início da série histórica).
Nos EUA, a consultoria privada ADP apontou que foram perdidos 532 mil postos de trabalho no setor privado em maio. A projeção da ADP ganha importância porque é vista como um adiantamento do evento mais importante da agenda econômica desta semana: o boletim do Departamento de Trabalho dos EUA sobre desemprego e abertura de vagas, na sexta-feira.
Nas próximas horas, o mercado ainda deve repercutir os dados sobre encomendas às indústrias e um influente índice para o setor de serviços, nos EUA, bem com a atualização semanal dos estoques de petróleo. No Brasil, o Banco Central revela o fluxo cambial de maio, que mede a entrada e a saída de dólares do país.