Economia

Cai o ritmo de cortes dos postos de trabalho nos EUA

;

postado em 06/06/2009 08:28
O mercado de trabalho dos Estados Unidos perdeu 345 mil postos em maio, o que fez saltar a taxa de desemprego do país de 8,9% para 9,4% ; maior nível desde julho de 1983, segundo dados divulgados nessa sexta-feira (05/06) pelo Departamento de Trabalho. Apesar de ruim, o cenário verificado no mês passado revelou uma discreta desaceleração no ritmo de corte de vagas. Analistas de mercado previam cerca de 520 mil demissões. O saldo de maio é o menor desde setembro do ano passado.

Este é o quarto mês consecutivo de redução no ritmo de perda de vagas nos EUA e marca mais um sinal de que a recessão americana está perdendo força. A situação, no entanto, ainda é de preocupação. O país tinha 14,5 milhões de desempregados em maio. Desde o agravamento da crise econômica a superpotência já perdeu 6 milhões de empregos. Se fossem considerados no cálculo do desemprego os trabalhadores demitidos que desistiram de buscar um novo posto ou que trabalham com jornada reduzida, a taxa teria sido de 16,4% ; o maior nível já registrado desde o início da série histórica, em 1994.

As empresas continuam relutantes em contratar até que sintam mais certeza de que as condições econômicas estão melhorando. O encolhimento do mercado de trabalho ocorreu em quase todos os setores, mas em velocidade menor que em meses anteriores. Os segmentos ligados à construção civil perderam 59 mil vagas, após redução de 108 mil postos em abril ; resultado do pacote histórico de estímulo do governo americano no valor de US$ 787 bilhões. O setor de serviços cortou 120 mil posições e o manufatureiro 156 mil empregos em maio, refletindo o fechamento de unidades de montadoras, após o pedido de concordata da Chrysler.

Injeção
O Tesouro americano anunciou ontem que destinou à General Motors ajuda de US$ 30,1 bilhões. O dinheiro faz parte do plano de apoio à reestruturação da montadora depois do anúncio da concordata. Disposta a espantar o fantasma de uma possível quebra, mesmo depois da ajuda oficial, a GM lançou uma agressiva campanha publicitária marcada pelo patriotismo na qual insiste em seu ;renascimento;, agora sob a proteção do Estado. A GM planeja fechar ou reduzir 14 fábricas e suprimir 21 mil empregos neste ano.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação