postado em 09/06/2009 14:05
A redução de 0,8% no Produto Interno Bruto (PIB) bens e serviços produzidos no país - no primeiro trimestre deste ano, mostrou que a economia chegou ao fundo do poço, mas com um resultado próximo das previsões mais otimistas. A avaliação é do economista- chefe da Federação Brasileira de Bancos ( Febraban), Rubens Sardenberg. Ele lembrou que a expectativa dos analistas de mercado variava entre -0,9% e -3%.
Para Sardenberg, o recuo reflete basicamente o desempenho ruim nos meses de janeiro e fevereiro, mas com sinais de melhora a partir de março. Ele observou que deve ocorrer uma reversão de tendência já no resultado do segundo trimestre. Essa previsão tem por base o fato de alguns segmentos já terem apresentado crescimento como, por exemplo, a indústria automobilística.
Dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) indicam que, em maio, as vendas de veículos cresceram 5,4% na comparação com abril, aquecimento atribuído redução do Imposto sobre Produto Industrializado (IPI) e o aumento da oferta de crédito. Esse incentivo, no entanto, termina no final deste mês e não há intenção do governo federal de promover nova prorrogação.
Segundo reiterou ontem (8), o ministro da Fazenda, Guido Mantega a concessão do benefício fiscal foi um recurso temporário e, a partir de julho, o setor poderá caminhar com as próprias pernas. Ou seja, há projeção de aumento da oferta de crédito em níveis que favoreçam o consumo e a atividade produtiva.
De acordo com Sardenberg, as novas concessões de crédito pessoa física cresceram 6,9%, em abril, sobre os últimos 12 meses, enquanto o movimento para pessoas jurídicas caiu 3%, no mesmo período. Ele informou que a tendência de uma melhora, especialmente, no que se refere obtenção de recursos para investimentos com captações no mercado externo.