Economia

Bovespa sofre queda de 0,57%; dólar perde 1,27%, a R$ 1,941

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postado em 09/06/2009 14:38
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) mantém o ritmo de perdas na jornada desta terça-feira. Embora a reação inicial aos números do PIB tenha sido positivo, o bom humor não durou e foi contaminado pelo viés negativo dos negócios em Wall Street. A taxa de câmbio atinge R$ 1,94. O Ibovespa, índice que reflete os preços das ações mais negociadas, perde 0,57%, aos 53.326 pontos. O giro financeiro é de R$ 2,36 bilhões. Nos EUA, a Bolsa de Nova York tem leve baixa de 0,12%. O dólar comercial é cotado por R$ 1,941, em queda de 1,27%. A taxa de risco-país marca 269 pontos, número 2,28% acima da pontuação anterior. Durou pouco a reação positiva dos investidores aos números divulgados do PIB, relativos ao primeiro trimestre. Apesar de confirmarem o fato do país ter caído em uma "recessão técnica", o desastre foi menor do que o projetado por muitos economistas: a retração foi de 1,8% na comparação com trimestre inicial de 2008, quando muitos contavam com uma queda em torno de 3%. Participantes do mercado também viram com bons olhos os números iniciais da inflação em junho, tal como medida pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas): o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) teve variação de 0,23% na abertura do mês, no município de São Paulo, quando o consenso apontava uma alta em torno de 0,30%. O ambiente de negócios também é afetado pela expectativa dos eventos mais importantes da semana: a divulgação do IPCA e do resultado da união do Copom. Para muitos analistas, uma inflação sob controle e a economia "em marcha lenta" são os fatores que permitem um novo corte dos juros primários do país. O Copom (Comitê de Política Monetária) anuncia amanhã, após o encerramento dos negócios, a próxima taxa Selic, hoje em 10,25% ao ano. As apostas se dividem entre 9,50% (corrente majoritária) e 9,25%. No front externo, há a espera pelo notório "Livro Bege", nos EUA. Trata-se de um documento com dados econômicos coletados nas 12 divisões regionais do Federal Reserve. Divulgado duas semanas antes da reunião do chamado Fomc (o equivalente do Copom nos EUA), serve de baliza para as decisões de política monetária na maior economia do planeta. EUA Entre as principais notícias do dia, o Departamento do Tesouro dos EUA aprovou os planos de dez dos maiores bancos dos Estados Unidos a devolverem US$ 68 bilhões das ajudas recebidas do governo para evitar que fechassem, devido à crise causada pela quebra do Lehman Brothers em setembro de 2008. O setor financeiro estava justamente no epicentro da crise dos EUA, que logo contaminou a "economia real" (setor produtivo e consumo) e ganhou dimensão global. No primeiro trimestre, notícias dando conta de que grandes bancos estavam prontos para devolver a ajuda federal deram novo gás para a "virada" dos mercados vista a partir de abril e maio.

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