postado em 10/06/2009 16:04
O mercado de câmbio doméstico negociou o dólar comercial por R$ 1,951 nos últimos minutos do expediente desta quarta-feira. A taxa representa um avanço de 0,72% sobre a cotação de ontem. Os preços da moeda americana oscilaram entre R$ 1,966 e R$ 1,924. E na praça paulista, o dólar turismo foi cotado por R$ 2,070, em uma alta de 0,97%.
Hoje foi o décimo dia em que a cotação da moeda americana concluiu a sessão de negócios abaixo de R$ 2. Em junho, a taxa caiu em quatro de oito dias úteis.
Profissionais de corretoras notam que o mercado continua a ser inundado por um fluxo regular de dólares, "enxugado" diariamente pelos leilões do Banco Central. No entanto, corretores notam uma "resistência" dos agentes financeiros, por enquanto, em deixar os preços caírem abaixo de R$ 1,92. Neste mês, a menor cotação registrada até agora foi R$ 1,90, mas por apenas poucos minutos.
As estatísticas do BC confirmam a atração do país para os investimentos de fora: o chamado fluxo cambial mostra que as entradas de dólares superaram as saídas em US$ 550 milhões na primeira semana do mês. Em maio, o saldo positivo já foi de US$ 3,134 bilhões. Considerando o período de janeiro até o último dia 5, a diferença de entradas e saídas alcança US$ 2,140 bilhões, contra US$ 15,760 bilhões registrados no mesmo período de 2008.
Juros futuros
As taxas projetadas no mercado futuro da BM recuaram nos contratos de 2009 e 2010, a poucas horas do anúncio da nova taxa de juros do país. O Copom (Comitê de Política Monetária) revela, após o encerramento dos negócios, a próxima taxa Selic, hoje em 10,25% ao ano. As apostas se dividem entre 9,50% (corrente majoritária) e 9,25%. A inflação medida pelo IPCA não surpreendeu, com uma variação de 0,47%. A primeira prévia do IGP-M, pelo contrário, mostrou alta de 0,29%, quando muitos economistas esperavam uma taxa de apenas 0,02%, puxado, principalmente, pelos preços da construção civil.
No contrato que projeta as taxas para outubro de 2009, a taxa prevista cedeu de 9,29% ao ano para 9,27%; para janeiro do ano que vem, a taxa projetada retraiu de 9,28% para 9,24%; e no contrato que vence em janeiro de 2011, a taxa projetada passou de 10,38% para 10,43%.