postado em 12/06/2009 13:52
Roma, Itália - O ministro das Relações Exteriores da Itália e presidente do G8 (grupo dos sete países mais ricos e a Rússia), Franco Frattini, propôs nesta sexta-feira (12/6) reduzir à metade as taxas aplicadas às remessas enviadas pelos imigrantes a seus países de origem.
A medida seria "uma maneira inovadora de financiamento" para as nações em desenvolvimento. O encontro do G8 terminou hoje em Roma e reuniu os membros do Grupo dos Cinco (G5, Brasil, México, China, Índia e África do Sul), além de uma ampla representação africana.
A cúpula concluiu com um apelo a que "os países emergentes e em desenvolvimento" desempenhem um papel importante nos esforços globais para estimular o desenvolvimento econômico.
Entre as medidas propostas pelo G8, Frattini sugeriu baratear o envio de dinheiro dos imigrantes aos países de origem, uma decisão que poderia representar "entre US$ 12 bilhões e US$ 15 bilhões a mais ao ano" para os estados emissores de imigração.
Entre as conclusões da reunião, o G8 recomendou aos países em desenvolvimento que invistam em "tecnologias verdes", o que ajudará a combater os efeitos mais graves do aquecimento global.
O G8 também pediu "novos métodos de cooperação" para mudar "os mecanismos financeiros" e impedir que as ajudas enviadas a países em desenvolvimento fiquem bloqueadas por obstáculos administrativos ou burocráticos.
Frattini respondeu a perguntas dos jornalistas sobre a denúncia feita nesta quinta-feira (11/6) pela ONG (organização não governamental) britânica One, que acusou França e Itália de serem responsáveis pela redução global da ajuda ao desenvolvimento.
O chanceler italiano assegurou que Roma mantém seus compromissos e que encontrará "os recursos necessários" para contribuir à ajuda da África.
As questões que afetam o continente foram um dos principais assuntos tratados na cúpula, que ocorreu na sede do Ministério de Assuntos Exteriores da Itália, atual presidente rotativo do G8 (grupo integrado por Estados Unidos, Reino Unido, Japão, França, Alemanha, Itália, Canadá e Rússia).