Economia

Festejos juninos deste ano aquecem a economia

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postado em 13/06/2009 08:28
A cada fim de semana, mais festas juninas surgem na cidade. Além dos brasilienses, que se divertem com as comemorações e se deliciam com as guloseimas típicas, donos de supermercados, distribuidores de doces, bebidas e balas se beneficiam com os festejos. A expectativa é de que as vendas superem as do mesmo período do ano passado. Em alguns setores, a estimativa é de crescimento de até 15%. Para o Sindicato do Comércio Atacadista do Distrito Federal (Sindiatacadista) a meta é manter o movimento no mesmo patamar de 2008, quando a economia, em junho, ainda apresentava fortes índices de crescimento. No ano passado, as vendas para as festas juninas no DF tiveram um crescimento de 12% frente ao ano anterior. ;Se ficarmos como no ano passado estaremos ótimos;, afirma Fábio de Carvalho, presidente do Sindiatacadista. O melhor desempenho deve ser das empresas que comercializam fogos de artifício, prevê Carvalho. De fato, as vendas de fogos e estalinhos tiveram alta de 8% neste ano, informa Alexandre Nascimento, presidente da Associação do Comércio de Fogos de Artifício. ;Aumentou muito a procura em clubes e casas particulares;, revela. ;Não há crise no nosso setor, só precisamos é trabalhar mais e fazer mais contatos;, ensina Nascimento. Os vendedores de doces também têm o que comemorar. Nas lojas Casa do Chocolate, por exemplo, o crescimento do faturamento com as festas juninas é de 15% em relação ao mesmo período de 2008. ;O brasileiro não deixa de comer e festejar. O povo sente necessidade de doces e chocolates;, diz. Segundo o Sindiatacadista, entre os produtos mais procurados estão pipoca, doces derivados do amendoim, além de cocada, canjica e bebidas como vinho e cachaça. Nas lojas A Festiva, o movimento também está melhor que a encomenda. ;No nosso segmento de festa não existe a crise e espero que ela continue distante;, afirma Luiz Rodrigues da Cunha, proprietário da rede. Segundo ele, a procura neste ano está muito positiva e já supera em 7% a do ano passado. A loja vende mesas para aniversários infantis e também produtos variados para festas em casas particulares. Rescaldo A gerente da Parabéns, Vânia Souza, acredita que as vendas vão ficar ainda melhores nas últimas semanas de junho. ;Em Brasília, muita gente prefere fazer festa julina e não junina, acho que o movimento vai ficar maior depois do dia 25;, diz. Mesmo com a expectativa de aumentar o fluxo de clientes nas próximas semanas, o movimento, por enquanto, está bom. Segundo Vânia, os produtos mais procurados são as bandeirinhas além de artigos de enfeites e de decoração. Mabel Manzi, proprietária da Splash, aproveita essa época para ampliar as vendas. O melhor tema para sua loja é o Natal. A festa de dezembro é seguida pelo carnaval, as festas juninas e a Páscoa. ;Nessas datas vendemos muita cenografia e alugamos cenários não apenas do tema como de fazendinhas e outros motivos mais rústicos;, afirma. Além dos enfeites, a Splash aposta nas fantasias de crianças. ;Todas as escolas fazem festinhas;, afirma Mabel. A empresária comemora os resultados depois de perder 30% das vendas no Natal por causa da crise. Na época, o prejuízo foi compensado com serviços de decoração de empresas. ;Muita gente investiu na decoração para não perder vendas com a crise;, conta. Empresário Luiz Rodrigues da Cunha, da Festiva, fala sobre as vendas para as Festas Juninas Dinheiro corre solto A venda de artigos de decoração e fantasias para festas particulares e estudantis movimenta a economia, mas é nas grandes comemorações que o dinheiro corre solto. A começar pela organização. No dia 26, o Terraço Shopping vai realizar sua festa junina e, para isso, gastou R$ 25 mil. O valor foi desembolsado praticamente para decoração e contratação da banda Lorota Boa. As barraquinhas serão administradas pelos lojistas, cada um vai gastar com sua ornamentação e vender as comidas típicas. No ano passado, 2,5 mil pessoas circularam pela festa. Neste ano, a expectativa é que esse fluxo cresça 10%. A explosão de festas juninas é um incentivo não apenas para as lojas especializadas, mas para os supermercados. As unidades do grupo Pão de Açúcar estão decoradas para os festejos e apostam em crescimento de 15% das vendas de produtos sazonais em relação ao mesmo período do ano passado. Só as vendas dos doces de amendoim, por exemplo, devem saltar 10% este ano. A expectativa da rotisserie é aumentar faturamento em 15%. O percentual é o mesmo estimado para o aumento das vendas de vinhos e destilados. Sozinhas, as bebidas à base de uva devem vender 20% mais que no ano passado. (LN)

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