Economia

Para Geithner, é cedo para tirar estímulo a economias

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postado em 13/06/2009 14:26
O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Timothy Geithner, advertiu neste sábado (13/06) que é muito cedo para dar início a uma processo de retirada do estímulo oferecido às economias para impulsionar o crescimento, mas que os governos têm que assumir o compromisso de retomar a solidez fiscal quando a crise terminar. Após reunir-se com ministros das finanças do G-8, Geithner afirmou que o foco principal do grupo e do G-20 deve continuar sendo o crescimento. "Precisamos reforçar a demanda global e continuar a construir as bases para uma recuperação duradoura", disse em discurso preparado. "É muito cedo para mudarmos para uma política restritiva", observou. Geithner afirmou que a economia global não atingiu "o ponto em que podemos dizer que há uma recuperação em andamento", afirmou. Entretanto, Geithner afirmou que o retorno ao crescimento "será mais forte e sustentável se deixarmos claro hoje como iremos voltar à sustentabilidade fiscal quando a tempestade finalmente tiver passado" Ele minimizou comentários sobre diferenças de opinião entre as autoridades do G-8 sobre o momento e o tipo de políticas que devam ser utilizadas para trazer os déficits de volta ao controle, citando haver "apoio na mesa para uma estratégia básica". Geithner mais uma vez declarou que a administração norte-americana está comprometida em tomar o caminho da sustentabilidade fiscal, prometendo uma rápida redução dos déficits a partir de 2011. O aumento das preocupações sobre o nível da dívida norte-americana provocou queda nos preços dos títulos do Tesouro dos Estados Unidos e o dólar foi duramente prejudicado no começo da semana pela declaração da Rússia de que irá diminuir a posição de suas reservas internacionais em títulos do Tesouro dos EUA. A Rússia disse que compraria US$ 10 bilhões em bônus emitidos pelo FMI com os recursos liberados pela redução da parte em Treasuries, títulos do Tesouro dos EUA. Entretanto, o ministro das Finanças da Rússia, Alexei Kudrin, negou a informação após reunir-se com Geithner ontem, afirmando não esperar "qualquer mudança relevante na política" russa em relação aos papéis denominados em dólares no próximo ano. Geithner afirmou que não houve uma "discussão significante" sobre a questão com os ministros do G-8, incluindo em seu encontro bilateral com Kudrin Quando perguntado sobre a alta do juro dos Treasuries e dos preços das commodities, Geithner afirmou que a força "dominante" dos mercados financeiros nos últimos meses tem refletido uma "bem-vinda redução das agudas preocupações" com a ameaça de uma recessão mais severa, de deflação e de problemas financeiros sistêmicos. As informações são da Dow Jones

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