postado em 15/06/2009 14:00
O impacto do corte na produção colombiana de café continuou a influenciar os preços internacionais do produto em maio. O preço médio da Organização Internacional do Café (OIC) ficou em 123,05 cents por libra-peso, em comparação com 111,61 cents de abril. O resultado representou alta de cerca de 10,25% no período.
A alta de preço foi particularmente puxada pelos cafés lavados da Colômbia, cuja cotação avançou para 212,05 cents no mês passado, nível mais alto desde junho de 1997, informa a OIC, em relatório mensal divulgado hoje. O diferencial para esse tipo de café, em comparação com os contratos futuros de arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US), ampliou ainda mais em maio, aumentando cerca de 28% em relação ao mês anterior. A alta do preço, segundo a OIC, reflete aperto na oferta, que pode ser atribuído não apenas a problemas climáticos, mas também ao alto custo de produção com fertilizantes e mão de obra.
Em maio, observou a OIC, a fraqueza do dólar persistiu em relação a outras moedas, incluindo alguns países exportadores de café, como Brasil e Colômbia. Consequentemente, apesar da alta dos preços do grão, o aumento nos ganhos com embarque de café em muitos países exportadores foi amenizado pelo movimento do dólar.
Conforme levantamento da OIC, de janeiro de 2006 a abril de 2009, a taxa do dólar contribuiu para reforçar, enfraquecer, ou até mesmo neutralizar o impacto real do aumento dos preços do café no países exportadores.
No caso do Brasil, a redução dos ganhos com exportação provocado pela depreciação do dólar ante o real foi mais acentuada no período entre janeiro de 2007 e setembro de 2008. A diferença começou a diminuir a partir de outubro, movendo-se inversamente a partir de novembro, indicando aumento nos valores unitários, em moeda local.