Economia

Bolsas dos EUA fecham em queda com temor sobre produção e inflação

;

postado em 16/06/2009 19:20
As Bolsas norte-americanas fecharam em queda nesta terça-feira. Novos sinais de enfraquecimento da economia levaram os investidores a vender as ações pelo segundo dia consecutivo. A Nyse (Bolsa de Valores de Nova York, na sigla em inglês) terminou em queda de 1,25%, indo para 8.504,67 pontos no índice DJIA (Dow Jones Industrial Average), enquanto o S 500 recuou 1,27%, para 911,97 unidades. A Bolsa Nasdaq fechou em retração de 1,11%, para 1.796,18 pontos. Os indicadores tiveram uma sessão cambaleante, mas definiram a trajetória --pelo campo negativo-- após a divulgação da produção industrial dos Estados Unidos, que caiu 1,1% em maio. Segundo o Fed (Federal Reserve, o BC americano), foi o maior recuo desde março, quando a queda ficou em 1,8% (dado revisado). O resultado, no entanto, foi melhor que o previsto pelos analistas, que estimavam uma queda de 1,5%. Na comparação com maio do ano passado, a queda foi de 13,8% . A taxa de utilização da capacidade instalada da indústria americana caiu para 68,3%, contra 69% bem abril. Conforme divulgou o Departamento do Trabalho, o PPI (Índice de Preços ao Produtor, na sigla em inglês, que registra a variação de preços no atacado) teve alta de 0,2% em maio, ligeiramente menor que a registrada em abril, de 0,3%. O resultado de maio ficou abaixo das expectativas dos analistas, que previam um avanço de 0,6%. Nos 12 meses até maio, no entanto, o PPI registrou queda de 5%, a maior em quase 50 anos. O Departamento do Comércio também informou hoje que a atividade de construção de imóveis residenciais nos Estados Unidos cresceu 17,2% em maio ante o mês anterior. O número de alvarás de construção no mês passado também subiu, 4%. Apesar dos dados positivos, o setor de construção ainda enfrenta problemas. Ontem a Nahb (Associação Nacional dos Construtores de Imóveis Residenciais, na sigla em inglês) informou que a confiança das empresas do setor enfraqueceu em junho, após dois meses consecutivos de alta. O dólar também perdeu força nesta terça-feira em relação a outras divisas depois que a Rússia informou que pode destinar parte de suas reservas cambiais em títulos emitidos pelo Brasil, China e Índia. O dólar mais fraco, e seu impacto sobre os preços das commodities e dos rendimentos do Tesouro americano, tornou-se uma das principais preocupações dos investidores. Ainda que os preços mais elevados das commodities possam indicar melhora da procura de bens industriais, os analistas advertem que um salto nos preços, em combinação com um dólar mais fraco, poderia tornar mais difícil a saída da economia de um quadro de recessão.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação