postado em 17/06/2009 19:05
A balança comercial do agronegócio teve, de janeiro a maio deste ano, saldo acumulado de US$ 19,737 bilhões. Enquanto as exportações renderam US$ 24,103 bilhões, as importações chegaram a US$ 4,366 bilhões. Apesar do saldo, o resultado é 12,49% menor do que o registrado no mesmo período de 2008. O levantamento foi divulgado nesta quarta-feira (17/6) pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), junto com a queda de 0,53% do Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio no primeiro trimestre de 20009.
De acordo com a CNA, a queda no saldo da balança comercial do agronegócio nos cinco primeiros meses do ano deve-se principalmente à redução no preço médio dos produtos exportados. Por outro lado, a participação do setor nas exportações totais no mesmo período aumentaram de 37,8%, em 2008, para 43,4% neste levantamento.
Segundo a presidente da CNA, senadora Kátia Abreu (DEM-TO), o agronegócio foi um dos sustentadores do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país) nacional. No entanto, para que o setor continue ajudando a economia brasileira, ela considera que devem ser tomadas ;medidas emergenciais; de liberação de crédito.
;Se querem que o agronegócio continue participando, ele está preparado para isso, mas só precisamos de medidas mais emergenciais para que o crédito retorne a todos os produtores que estão na ativa e possamos consolidar um PIB melhor até o final do ano;, afirmou.
A senadora voltou a defender a redução do grau de risco dado aos produtores quando tentam obter crédito nos bancos. Caso o critério de avaliação não mude, ela disse que cerca de 100 mil produtores ficarão excluídos do crédito na safra que se inicia, um grupo que representa mais de 15% da produção nacional.
O Plano Agrícola e Pecuário da Safra 2009/2010 será lançado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, na próxima segunda-feira (22/6) em Londrina, no Paraná. Serão destinados para a agricultura empresarial R$ 93 bilhões, dos quais R$ 10 bilhões já foram autorizados para as agroindústrias, e R$ 2,3 bilhões para armazenagem de etanol.